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EUA e Coreia do Norte trocam alertas sobre ataques nucleares

6 fev 2018 - 11h05
(atualizado às 13h35)
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Os Estados Unidos disseram nesta terça-feira que a Coreia do Norte pode estar a poucos meses de ser capaz de atingir o território continental norte-americano com um míssil balístico armado com uma ogiva nuclear, enquanto Pyongyang disse que Washington está cogitando um ataque preventivo contra o país.

Embaixador norte-americano para o desarmamento, Robert Wood, durante conferência em Genebra 16/05/2017 REUTERS/Denis Balibouse
Embaixador norte-americano para o desarmamento, Robert Wood, durante conferência em Genebra 16/05/2017 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

A troca de acusações se deu na Conferência para o Desarmamento, patrocinada pela Organização das Nações Unidas (ONU), depois de o governo Trump anunciar que ampliará sua capacidade nuclear.

Discursando ao fórum de Genebra, o embaixador norte-americano para o desarmamento, Robert Wood, também alertou que China e Rússia estão expandindo seus arsenais, o que gerou contestações das respectivas delegações.

"Rússia, China e Coreia do Norte estão aumentando seus estoques, elevando a proeminência de armas nucleares em suas estratégias de segurança, e --em alguns casos-- buscando o desenvolvimento de novas capacidades nucleares para ameaçar outras nações pacíficas", disse Wood.

A Coreia do Norte "pode estar agora a meses da capacidade de atingir os EUA com mísseis balísticos com ogivas nucleares", disse, sem dar maiores detalhes sobre a fonte da afirmação.

Pyongyang está sujeita a resoluções cada vez mais rígidas do Conselho de Segurança da ONU devido aos seus programas nuclear e balístico proibidos, mas as relações com a Coreia do Sul se suavizaram às vésperas da Olimpíada de Inverno de Pyeongchang, que começa em 9 de fevereiro.

A Coreia do Norte acusa os EUA de buscarem agravar a situação na dividida Península Coreana "movimentando grandes ativos nucleares" nas proximidades e de prepararem o terreno para um possível ataque preventivo contra sua nação.

"Tendo em vista a natureza e a escala dos reforços militares dos EUA, eles são concebidos para realizar um ataque preventivo contra a RPDC (República Popular Democrática da Coreia, nome oficial do país)", disse o diplomata norte-coreano Ju Yong Chol.

"Autoridades dos EUA, incluindo o secretário de Defesa e o diretor da CIA, falaram repetidamente sobre a ameaça nuclear e de mísseis da RPDC para justificar seu argumento a favor de uma opção militar e um novo conceito do chamado 'nariz sangrento', um ataque preventivo limitado à RPDC está sendo estudado pelo governo dos EUA", afirmou Ju.

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