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Karzai tenta levar a democracia ao Afeganistão
 AP


 Hamid Karzai chegou a  apoiar o regime Talibã  na década de 90
Hamid Karzai assumiu a liderança interina do governo afegão em 13 de junho de 2002, eleito pela Loya Jirga - conselho que reúne os representantes tribais de todo o país, único em 40 anos. Sua missão é conduzir o país para as eleições gerais que devem ocorrer em 2004, na tentativa de restabelecer a democracia em um país devastado pela guerra entre facções de diferentes etnias.

Nos anos 80, Karzai era considerado pelos chefes tribais do Afeganistão e pelos diplomatas do Ocidente como um intelectual. Hoje, o mundo espera que ele lidere a quebra do ciclo de duas décadas de violência no país. Sua figura representa a coalizão de forças que antes estavam em conflito, como o antigo rei, Zahir Shan (da etnia pashtum, que inicialmente deu apoio ao governo talibã) e Burhanuddin Rabbani, ex-presidente do país, representante da Aliança do Norte de Ahmed Shan Massoud. Líderes das demais etnias também apoiaram Karzai.

O líder afegão pertence à etnia patã, majoritária no país, e já apoiou o Talibã quando o movimento surgiu na cena política, no início dos anos 90. Ele reconheceu que deu ao Talibã US$ 50 mil no início das atividades no Afeganistão e que, inclusive, teve vários encontros com Mulá Omar, fundador do movimento. No entanto, no final de 1994, Karzai começou a suspeitar da infiltração de estrangeiros, incluindo os serviços de inteligência paquistaneses e árabes.

Karzai declarou que mudou de lado quando o Talibã começou a permitir que árabes montassem campos de treinamento para terroristas em solo afegão. Em 1997, estava claro que Osama Bin Laden liderava as milícias talibãs. Karzai disse que avisou aos norte-americanos sobre o fato, mas eles não lhe deram atenção.

Em 1999, seu pai, importante político do país, foi assassinado. O crime foi atribuído às milícias talibãs. Karzai começou, então, a dar declarações exigindo o fim do movimento e acusando a mílicia de matar o povo afegão.

No dia dos atentados de 11 de setembro, o líder recebeu em sua casa, na cidade paquistanesa de Quetta, uma corrente de comandantes e líderes tribais descontentes com o regime Talibã. Este foi o início de sua caminhada para assumir a liderança no país. A partir daí, ele foi reconhecido internacionalmente e firmou-se como interlocutor do país, aproveitando o apoio estratégico oferecido pelos Estados Unidos.

Redação Terra

 
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