Terremotos em diferentes pontos do globo podem estar relacionados
Nos últimos meses, o planeta Terra enfrentou diversos tremores. Segundo o vice-diretor do Instituto de Geo-Ciência da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Cesar Schultz, os abalos sísmicos podem estar ligados. "A Terra é como uma imensa bola de futebol, feita de gomos. Estes gomos são as placas tectônicas. Cada vez que uma placa se mexe, por menor que seja o movimento, as placas precisam se reajustar", explica Schultz.
Como o nosso planeta é preenchido internamente com magma - líquido incandescente - as placas estão em eterno movimento e eterno reajuste. "O terremoto acontece quando, durante o movimento, ocorre um escorregão, uma mudança brusca de lugar. Quando uma placa entra embaixo da outra", exemplifica. "Se este movimento fosse constante, não sentiríamos nunca. O problema é quando ele sai da velocidade normal".
Os ajustes que a Terra realiza depois de um terremoto ocorrer pode levar vários dias e ser sentido em qualquer ponto do globo, não necessariamente nas proximidades da região que sofreu o abalo. Exatamente por causa destes ajustes, existe grande possibilidade da terra voltar a tremer nos dias seguintes a um terremoto. Na Índia, por exemplo, a terra chegou a tremer mais de 500 vezes depois do dia 26 de feveiro, quando o país viveu uma verdadeira tragédia de mais de 7 graus da escala Richter, mas com menos intensidade.
Existe um equipamento capaz de medir a vibraçao da Terra, através do som captado no Magma. Trata-se do Sismógrafo. Porém, com as tecnologias atuais ainda não é impossível prever com horas de antecedência se vai ocorrer um terremoto. As regiões mais propensas a sofrerem terremotos são aquelas que ficam nas divisões das placas tectônicas (veja o mapa), mas não há como se estipular de quanto em quanto tempo a Terra treme nestes lugares porque os movimentos do Magma são extremamente irregulares.
Redação Terra
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