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Em Cuba, ministra renuncia após dizer que lá "não existem mendigos"

Marta Elena Feitó‑Cabrera deixa cargo após causar polêmica ao dizer que mendicidade em Cuba seria fruto de "disfarce". Aqui, separamos alguns posts que revelam as reações indignadas com imagens de pessoas em extrema vulnerabilidade social

16 jul 2025 - 11h59
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Marta Elena Feitó‑Cabrera, ministra do Trabalho e Previdência Social de Cuba, anunciou sua renúncia após afirmar em sessão parlamentar que em Cuba não existem mendigos. Porém, segundo ela, há apenas pessoas "disfarçadas" que pedem esmolas. A declaração, transmitida ao vivo na televisão estatal, gerou repercussão negativa tanto nas redes sociais quanto dentro do próprio governo cubano.

Ministra disse que 'em Cuba não há mendigos'
Ministra disse que 'em Cuba não há mendigos'
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

Durante seu depoimento, Feitó‑Cabrera afirmou que indivíduos que limpam para-brisas nos semáforos ou que vasculham o lixo estariam se passando por mendigos para evitar trabalhar. "Em Cuba não há mendigos", disse a ministra, justificando que vestes e aparência seriam encenações para obter dinheiro e posteriormente consumi-lo com álcool. Além disso, ela classificou catadores informais como trabalhadores "ilegais" fora do sistema tributário.

"Em Cuba não há mendigos"

A repercussão foi imediata. Fotos de pessoas em situação de pobreza extrema viralizaram, provocando forte reação popular. O presidente Miguel Díaz‑Canel, membro do Partido Comunista de Cuba, criticou publicamente a fala da ministra. Ele destacou que a Revolução não pode ignorar vulnerabilidades e alertou contra abordagens imprecisas e desconectadas da realidade. Os indigentes, afirmou, são "expressões concretas das desigualdades sociais" e merecem atenção do Estado.

Em nota oficial divulgada pela Presidência de Cuba, foi informado que Feitó‑Cabrera admitiu seu erro e apresentou renúncia, a qual foi acatada pelo Partido Comunista e pelo governo por "falta de objetividade e sensibilidade" ao tratar de assuntos sociais sensíveis.

O episódio ocorre em meio à pior crise econômica registrada na ilha desde os anos 1990, marcada por inflação elevada - cerca de 190,7% entre 2018 e 2023 -, escassez de alimentos, remédios, apagões frequentes e cortes de combustível. Tais desafios levaram muitas pessoas a situações vulneráveis, incluindo milhares que dependem de programas sociais.

Perfil Brasil
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