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Bolsonaro diz que faltará a debates no 1º turno para não levar 'pancada'

Presidente alega que será alvo de todos os demais candidatos e só deve participar de debates no segundo turno

31 mai 2022 - 15h27
(atualizado às 16h26)
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu nesta terça-feira, 31, que não pretende participar de debates eleitorais no primeiro turno. Bolsonaro acredita que será alvo de ataques dos demais candidatos e não quer se expor. Ele só quer comparecer a debates no segundo turno das eleições presidenciais.

"No segundo vou participar. Se eu for para o segundo turno, devo ir. No primeiro turno, a gente pensa. Porque se eu for, os dez candidatos ali vão querer dar pancada em mim e não vou ter tempo de responder", disse o presidente em entrevista a uma rádio.   

Bolsonaro ironizou o fato de o ex-governador de São Paulo João Doria ter desistido de disputar as eleições presidenciais. Mesmo tendo vencido as prévias no PSDB, o tucano abriu mão da candidatura em meio a negociações para formação de uma chapa de terceira via. "Não fazia diferença. Ele (Doria) estava na casa de 1%. O eleitor que decide. Está polarizado, dificilmente teremos uma terceira via no Brasil. O eleitor do Doria que decide entre eu e o Lula", afirmou.

Presidente Jair Bolsonaro em cerimônia na Aneel
30/11/2021
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro em cerimônia na Aneel 30/11/2021 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Em viagem ao interior de Goiás, Bolsonaro disse que preferia ter o União Brasil a seu lado na disputa presidencial. A declaração foi dada no dia em que Luciano Bivar anuncia formalmente seu nome como pré-candidato do União.

Bolsonaro voltou a minimizar a importância de pesquisas eleitorais. Na edição mais recente divulgada Datafolha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está com 54% dos votos válidos ante 30% do presidente, o que poderia encerrar a disputa já no primeiro turno.

Agregador de pesquisas

    Ele voltou a levantar suspeitas, ainda que sem provas, sobre a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições deste ano. "A gente luta dentro do TSE para que as eleições sejam realizadas sem qualquer sombra de irregularidades", disse. "Entendo que o TSE deveria não brigar comigo, mas fazer audiência pública com técnicos das Forças Armadas para dizer quem tem razão", acrescentou referindo-se a questionamentos feitos pelos militares ao processo de apuração das eleições.

    Com informações do Broadcast.

    Estadão
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