Preço de mensalidades deve subir até 12% em 97% das escolas particulares, indica pesquisa

O preço das mensalidades de 97% das escolas particulares em 10 estados brasileiros deve sofrer um reajuste de até 12% em 2024, de acordo com uma pesquisa conduzida pela consultoria Meira Fernandes, especializada em gestão de instituições de ensino, da qual o Portal Terra teve acesso.

De acordo com a pesquisa, 38% das escolas indicam um reajuste entre 7% e 10% dos valores atuais. Outras 30% projetam um aumento de 3% a 7%. Já 29% das instituições estimam índices de reajuste entre 10% a 12%. Apenas 3% das escolas disseram que não planejam mudar os seus valores em 2024.

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Diretora jurídica da empresa de gestão educacional, Mabely Meira Fernandes aponta que o reajuste é reflexo do aumento dos custos das escolas, que tiveram que investir mais em segurança por conta da crescente onda de ataques e com as alterações necessárias para o novo ensino médio, por exemplo.

A pesquisa também apontou que mais de 51% das escolas têm mais de 5% dos alunos com atrasos nas mensalidades. Todas as escolas ouvidas sofrem com a questão: 49% estão com atrasos entre 0,5% até 3% dos matriculados. Destas, apenas 75% utilizam algum mecanismo para gerir atrasos e inadimplência.

O estudo revela ainda sequelas da pandemia da Covid-19 nas instituições de ensino. O levantamento aponta que, além de muitas escolas infantis terem fechado as portas, a evasão de matrículas foi superior a 20% em muitos estados. "Por esta razão as mantenedoras veem 2024 como um ano ainda de recuperação", explica. 

Entre as escolas consultadas, 58% acreditam que devem recuperar até 20% dos alunos que foram embora durante a pandemia. Outras 20% esperam o retorno entre 20% e 50% dos alunos e 15% acreditam no retorno de mais de 50% das matrículas perdidas. Outros 7% se mantêm pessimistas e consideram que, mesmo em 2024, ainda não haverá recuperação dos impactos dos meses de lockdown.

A pesquisa, realizada entre os dias 22 de junho a 23 de julho, ouviu 300 escolas em 10 estados brasileiros --Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Juntas, as instituições são responsáveis por mais de 56.000 matrículas de estudantes.

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