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Dia Mundial da Alfabetização: condição das mulheres ainda preocupa

No Dia Internacional da Alfabetização, Unesco chama a atenção que dois terços dos 774 milhões de adultos analfabetos no mundo são mulheres

8 set 2013 - 07h09
(atualizado às 07h09)
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Ainda que a cada novo índice divulgado os dados sejam, em sua maioria, positivos, ainda há muito a se fazer para se conseguir a erradicação do analfabetismo no mundo, especialmente no que diz respeito aos direitos das mulheres. Segundo dados destacados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), dos cerca de 774 milhões de analfabetos adultos que existem, dois terços são do sexo feminino.

Os números mostram que o analfabetismo mundial tem caído ao longo das últimas duas décadas. Em 1990, apenas 76% da população mundial era alfabetizada. Hoje, 84% já podem ler e escrever. Isso significa uma redução de mais de 100 milhões de pessoas, mas mostra que ainda há o que ser feito.

"Isso ainda não é o suficiente. Por trás desses números, ainda há sérias desigualdades. A maioria das crianças e dos jovens que não frequenta a escola são mulheres", destaca a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, em mensagem publicada no site da instituição no fim de agosto, antecipando o Dia Internacional da Alfabetização, celebrado em 8 de setembro.

"Cinquenta e sete milhões de crianças em idade de pré-escola e 69 milhões de crianças em idade de escola secundária não têm a oportunidade de frequentar instituições de ensino. Crianças que têm a sorte de ir à escola nem sempre saem da escola capazes de ler e escrever. Mesmo em países economicamente desenvolvidos, a proporção da população sem capacidades básicas de leitura e escrita é bastante alta. Esse é um sério obstáculo para o desempenho individual, para o desenvolvimento das sociedades e para a compreensão mútua entre os povos.", completa.

Direito básico e essencial para o desenvolvimento humano, a alfabetização é "a primeira condição para o diálogo, a comunicação e a integração em novas sociedades conectadas", defende a instituição. "No século 21, mais do que nunca, a alfabetização é a pedra angular para a paz e o desenvolvimento".

Analfabetismo no Brasil

Apesar da redução no número de analfabetos, o Brasil ainda não tem muito que comemorar. O Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, divulgado em julho do ano passado, mostra que, apesar da escolaridade média do brasileiro ter melhorado nos últimos anos, a inclusão no sistema de ensino não representou aumento significativo nos níveis gerais de alfabetização da população. "Tivemos políticas importantes para a inclusão das crianças na escola, mas a alfabetização no Brasil é um desafio desde muito tempo", argumentou Maria Luiza Moreira, professora do curso de pedagogia da Uniritter, em entrevista concedida ao Terra em 2012.

O Inaf, produzido pelo Instituto Paulo Montenegro e a organização não governamental Ação Educativa, mostrou ainda que apenas 35% das pessoas com ensino médio completo podem ser consideradas plenamente alfabetizadas e 38% dos brasileiros com formação superior têm nível insuficiente em leitura e escrita. "A nossa sociedade não é leitora. A leitura está mudando de lugar e forma e, às vezes, as dificuldades que as pessoas têm são principalmente pela falta de interação com um determinado tipo de texto", explicou Maria Luiza. Segundo ela, as escolas ainda não conseguiram se adaptar ao novo tipo de aluno, que ingressou com a universalização do ensino.

Fonte: Terra
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