Frigorífico é condenado a indenizar funcionária que perdeu gêmeas ao entrar em trabalho de parto no expediente
Caso aconteceu em abril de 2024 e decisão foi emitida neste mês de junho
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A empresa BRF, multinacional do setor alimentício, foi condenada a pagar R$ 150 mil de indenização por danos morais a uma mulher venezuelana que perdeu as filhas gêmeas após entrar em trabalho de parto durante seu expediente em um frigorífico da empresa. O caso aconteceu em Lucas do Rio Verde, próximo a Cuiabá.
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A decisão, que o Terra teve acesso, saiu na última segunda-feira, dia 23, sendo assinada pelo juiz Fernando Galisteu. Na sentença, da 2ª Vara do Trabalho de Lucas do Rio Verde, foi determinado que a empresa também terá que pagar verbas rescisórias à mulher.
A mulher passou mal no início do expediente e procurou ajuda imediata de sua liderança imediata e do supervisor da unidade. Mas, mesmo tendo insistido por socorro, ela teve sua saída negada do setor para não atrapalhar o funcionamento da linha de produção. Ela buscou ajuda de novo, e foi negada mais uma vez. Ela, então, teria deixado o local por conta própria.
Foi aí que, conforme consta no processo a partir de relatos, ela se sentou em um banco próximo a um ponto de ônibus na entrada da empresa. Lá ela entrou em trabalho de parto, mas suas duas gêmeas morreram no local. O caso aconteceu em abril de 2024.
Agora, com a decisão, a mulher terá direito ao pagamento de aviso prévio, 13ª salário, férias, FGTS com multa de 40% e acesso ao seguro-desemprego.
A empresa contesta que o parto aconteceu fora das dependências da unidade e alegou que a funcionária teria recusado atendimento médico interno e que não havia informado se tratar de uma gravidez de risco.
O Terra tenta contato com a BRF em busca de um posicionamento. O espaço segue aberto e será atualizado em caso de retorno.
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