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Administrador do X/Twitter no Brasil deixa o cargo

Administrador do X (ex-Twitter) no Brasil entregou carta renúncia em meio ao atrito entre Elon Musk e o Superior Tribunal Federal (STF)

15 abr 2024 - 16h45
(atualizado às 20h21)
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O administrador do X (ex-Twitter) no Brasil renunciou ao posto na última quarta-feira (10). A saída aconteceu na mesma semana do atrito entre a rede social e o Superior Tribunal Federal (STF), depois que Elon Musk afirmou que reativaria contas suspensas pelo poder judiciário. As informações foram reveladas pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmadas pelo Canaltech.

Foto: Marten Bjork/Unsplash / Canaltech

Representante do ex-Twitter entrega carga renúncia

As informações estão disponíveis nos registros da empresa na Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP), onde é possível ver as movimentações cadastrais da companhia desde a sua constituição, em 2012. Segundo o documento, em agosto de 2023, o advogado Diego de Lima Gualda foi apontado como administrador no lugar de Fiamma Orlando Zarife.

De acordo com o perfil de Gualda no LinkedIn, o ex-representante era diretor jurídico no Brasil desde 2021, quando a rede social ainda se chamava Twitter e não pertencia à Elon Musk. Depois, o advogado fez uma atualização no currículo em agosto de 2023 para registrar o cargo com o novo nome da empresa: X.

A sua relação com a companhia chegou ao fim em abril de 2024. Além da atualização do perfil do LinkedIn, a JUCESP registrou o recebimento de uma carta renúncia de Gualda em 10 de abril de 2024, com a data de 8 de abril de 2024, primeiro dia útil após o fim de semana em que Elon Musk iniciou os ataques à corte brasileira.

X continua de pé no Brasil

Até esta segunda-feira (15), o documento da JUCESP não traz menção à nomeação de outro representante da empresa no país, que é identificada com o nome comercial "X Brasil Internet Ltda". Cabe ressaltar que, até janeiro de 2024, o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) trazia o nome "Twitter Brasil Rede de Informação LTDA".

Em uma consulta pública na Receita Federal, a companhia também aparece com a situação cadastral ativa. Ou seja, a empresa ainda não recebeu baixa e ainda segue em funcionamento nos registros do órgão.

Essa situação contradiz uma das falas de Elon Musk. Ao anunciar que derrubaria "todas as restrições", sem citar nomes, o executivo disse que "este juiz aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortou o acesso ao X no Brasil". Depois, aventou sobre uma possível saída no país.

"Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá", afirmou. "Mas os princípios são mais importantes do que o lucro."

Por outro lado, até o momento, não há relatos de que as "restrições" mencionadas por Musk foram removidas. Além disso, a empresa que um dia se chamou Twitter segue com o seu registro ativo.

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