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Plano de carreira médica ganha força no Brasil

Programas podem ajudar na valorização, retenção de talentos e melhor distribuição de profissionais pelo país

11 ago 2017 - 11h43
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Apesar do longo período de formação de um médico no Brasil, que começa com os seis anos de faculdade em período integral e avança para outros mais de acordo com cada especialização, o plano de carreira para o profissional da área médica é relativamente novo no país. Ele ganha força em um cenário em que a distribuição de médicos pelas regiões brasileiras ainda mostra-se bastante desigual.

Foto: DINO

Estima-se que a região Sudeste concentre mais da metade desses profissionais (55%), enquanto que a região Norte, por exemplo, registra (4%), de acordo com dados do relatório Demografia Médica no Brasil. Para equilibrar esse quadro, hospitais e redes de saúde estão criando programas de desenvolvimento de carreira.

Uma das iniciativas pioneiras no Brasil voltadas ao desenvolvimento de profissional do seu quadro clínico vem sendo desenvolvida pelo Grupo Oncoclínicas, que conta com 44 unidades especializadas no tratamento do câncer em 10 estados. Somando mais de 400 especialistas, entre oncologistas, hematologistas e oncogeneticistas, e com faturamento para 2017 batendo a casa do R$ 1 bilhão, a preocupação com a carreira do corpo clínico se tornou pauta constante entre seus gestores.

Para vencer esse desafio, a rede fez um movimento audacioso: convidou o médico Rogério Lilenbaum, diretor médico-chefe do Smilow Cancer Hospital e professor da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, para atuar como integrante do conselho de administração da rede.

Com a experiência em gestão adquirida em 30 anos de trabalho nos EUA, o oncologista traz uma visão diferente de desenvolvimento profissional no segmento. De acordo com Lilenbaum, a distância entre a prática da oncologia no Brasil e nos EUA diminuiu drasticamente nos últimos dez anos. Porém, mesmo com a qualidade profissional mais próxima, ainda é necessário amadurecer a estrutura do plano de carreira médica existente no país.

"Hoje, no Brasil, formamos profissionais mais qualificados e temos acesso à educação continuada, com especialista no segmento da oncologia focados no tratamento especializado de mama e pulmão, por exemplo. Mas ainda não chegamos no estágio ideal", explica Lilenbaum. "Existem, por outro lado, áreas em que essa defasagem ainda persiste, como é o caso da radioterapia, não por acaso um dos alvos estratégicos do grupo", complementa.

Dentro dos programas de incentivo à carreira médica, o Grupo Oncoclínicas tem focado na valorização do profissional não apenas na remuneração, mas também na produção de pesquisas científicas, no incentivo a entrada de novos talentos e na qualidade de seu serviço em si, muitas vezes comprovado pelo número de pacientes novos que ele traz consigo.

"Fizemos uma pesquisa há três anos, em parceria com uma consultoria internacional, e não encontramos nenhum modelo que nos agradasse. Por isso, decidimos investir no desenvolvimento do nosso programa de carreira médica", conta Luis Natel, CEO do Grupo Oncoclínicas. "Nele, é possível prever o avanço do profissional até o momento em que ele possa se tornar sócio da clínica em que atua", frisa.

O grupo de clínicas oncológicas prevê assim influenciar o desenvolvimento de iniciativas semelhantes voltadas à carreira médica para outros centros de referência em saúde no Brasil.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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