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No Dia Internacional da Tireoide novas tecnologias fazem diferença no tratamento de doenças da glândula

22 mai 2019 - 18h02
(atualizado às 19h14)
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Em 25 de maio, comemora-se o Dia Internacional da Tireoide e médicos  contam com tratamentos de maior tecnologia, já que há um crescimento de novos casos de doenças de tireoide nos últimos anos. Quase 52 milhões de brasileiros terão nódulos na tireoide, entre os 30 e 60 anos, em algum momento da vida, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Os problemas são três vezes mais frequentes em mulheres do que em homens. A tireoide é pequena, mas uma das maiores glândulas do nosso corpo, fica no pescoço, produz os hormônios T3 e T4, sendo essencial para o funcionamento de órgãos importantes como fígado, coração e rins.

Foto: fotógrafo Leandro Ribeiro / DINO

TRATAMENTO DE NÓDULOS SEM CICATRIZ- Novas tecnologias minimamente invasivas são uma tendência da medicina no mundo todo e estão sendo feitas com sucesso no Brasil nas doenças de tireoide. Após descartada a hipótese de câncer, os nódulos benignos ainda geram desconforto, principalmente em mulheres que não querem uma cicatriz no pescoço. Hoje, um procedimento  chamado Ablação por Radiofrequência é feito com a introdução de uma agulha fina no nódulo, guiada por ultrassonografia e que age por meio de ondas de calor. O paciente não precisa de internamento porque vai embora no mesmo dia, a anestesia é local com sedação, não há corte no pescoço, nem cicatriz. A técnica reduz consideravelmente de tamanho o nódulo, resultado visto já nos primeiros meses após a sessão. "Em 80% dos casos há uma diminuição de 75% do tamanho dos nódulos entre 6 meses a 1 ano. Além disso, preserva as funções hormonais da glândula e evita uso de remédios de reposição hormonal para o resto da vida", esclarece o cirurgião de cabeça e pescoço Leonardo Rangel, especialista pelo INCA, médico e pesquisador da UERJ( Universidade Estadual do Rio de Janeiro).

CIRURGIA ENDOSCÓPICA PARA CÂNCER- Mas se o diagnóstico é de câncer, o tratamento sempre é cirúrgico. Conforme cada paciente e sua condição clínica, agora a tireoidectomia total ou parcial também pode ser feita com acesso endoscópico dentro do lábio e não só pelo pescoço como a cirurgia tradicional. "A cirurgia endoscópica é feita com equipamentos de vídeo, a câmera aumenta a imagem e muda a forma como o cirurgião manipula e enxerga as estruturas da glândula, diminuindo certos riscos, a dor no pós-operatório e a cicatriz é invisível por dentro da boca ", afirma Leonardo Rangel, professor do curso que aconteceu em abril deste ano sobre o método, na Johns Hopkins University, E.U.A, a mais renomada faculdade de medicina do mundo e pioneira da técnica.

 "O câncer de tireoide é o mais comum da região de cabeça e pescoço e  quase 80% dos casos são do tipo papilífero, que é menos agressivo e quando pequeno pode se detectar em exames de rotina", diz Rangel. Outros tipos de carcinoma são: o folicular, (responsável por 10 a 30 % dos casos), o medular (quase 5%) e o anaplásico, que corresponde a 2%, mas é o mais agressivo, além de tumores mais raros. Ainda segundo o cirurgião, "o câncer de tireoide requer  tanto cuidado no tratamento quanto qualquer outro tipo de  câncer, não deve ser visto como um câncer mais fácil ". 

O risco do nódulo ser câncer depende do seu tamanho, características e da presença de gânglios cervicais. As causas podem ser histórico familiar de câncer de tireoide, dieta pobre em iodo e manter o peso corporal adequado ajuda a prevenir disfunções na glândula. "Em 90% dos casos, os nódulos são considerados benignos. Mesmo assim precisam atenção e ser tratados, porque podem causar hipotireodismo e hipertireoidismo, dificuldades de fala, respiração, mastigação e até para engolir, além do aumento exagerado do pescoço, conhecido por papo; e em muitos pacientes há nódulos que não respondem ao tratamento clínico, precisam ser retirados", finaliza Rangel.

Website: http://www.rangelmd.com.br

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