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Coronavírus

Covid suspende julgamento sobre ataque ao Charlie Hebdo

Réu testou positivo para o novo coronavírus

1 nov 2020 - 09h50
(atualizado às 09h58)
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O julgamento sobre o atentado contra a redação do jornal satírico francês Charlie Hebdo e um mercado kosher em Paris, em janeiro de 2015, foi interrompido após um dos réus ter testado positivo para o novo coronavírus.

Caricatura de Erdogan na capa do Charlie Hebdo
Caricatura de Erdogan na capa do Charlie Hebdo
Foto: Reprodução / Ansa

O infectado é Ali Riza Polat, apresentado como "braço direito" de Amédy Coulibaly, responsável pelo massacre no mercado kosher, e que também teria ajudado os irmãos Said e Chérif Kouachi a planejar o atentado contra o Charlie Hebdo. Os três autores materiais dos ataques foram mortos.

Segundo o presidente do tribunal que julga o caso, Régis de Jorna, os sintomas de coronavírus no suspeito apareceram na última quarta-feira (28), e o julgamento ficará suspenso até a próxima terça (3), mas dependendo da evolução da saúde do réu.

Dos 14 réus, três são julgados em contumácia: a jihadista Hayat Boumedienne, ex-companheira de Coulibaly, e os irmãos Mohamed e Mehdi Belhoucine, acusados de cumplicidade com o terrorista do mercado kosher. Os três teriam fugido para a Síria.

Terror - A série de atentados começou quando os irmãos Said e Chérif Kouachi invadiram a redação do Charlie Hebdo armados com metralhadoras e assassinaram 11 pessoas, incluindo alguns dos principais cartunistas da publicação.

Ao deixarem o prédio, os Kouachi ainda mataram a sangue frio um policial muçulmano, Ahmed Merabet, que estava deitado ferido na calçada. Dois dias depois do ataque ao jornal, Amédy Coulibaly sequestrou um mercado kosher em Paris e matou quatro indivíduos.

Antes disso, ele já havia assassinado uma policial durante uma troca de tiros. O saldo daqueles três dias de terror em janeiro de 2015 foi de 17 vítimas, sem contar os agressores, todos mortos pela polícia.

Os atentados instauraram um clima de terror na capital francesa, que chegaria ao ápice em 13 de novembro daquele mesmo ano, quando jihadistas mataram 130 pessoas perto do Stade de France, em bares e restaurantes de zonas boêmias da cidade e na casa de shows Bataclan. .

Ansa - Brasil   
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