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Comer fora ficará até 10% mais caro com tarifaço dos EUA na exportação brasileira, alerta Fhoresp

27 jul 2025 - 08h08
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A imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), pode provocar aumentos significativos nos preços dos alimentos no mercado interno. A projeção é da Federação dos Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), que alerta para possíveis reajustes de até 10% no custo da alimentação fora de casa, caso a medida entre em vigor a partir de 1º de agosto.

Sobretaxa de 50% imposta por Trump pode aumentar em até 10% o preço das refeições fora de casa
Sobretaxa de 50% imposta por Trump pode aumentar em até 10% o preço das refeições fora de casa
Foto: Divulgação / Perfil Brasil

A entidade considera a decisão "catastrófica" e cobra do governo brasileiro uma atuação estratégica junto ao governo americano. O objetivo seria reverter a política adotada pela Casa Branca e proteger setores da economia nacional, especialmente o agronegócio e a alimentação fora do lar.

Impacto da taxa na alimentação

Segundo a Fhoresp, o tarifaço deve aumentar a demanda interna por alimentos que hoje são grandes itens de exportação, como café, carnes, pescados e suco de laranja. Essa mudança tende a encarecer os preços, uma vez que a oferta disponível no mercado nacional pode não ser suficiente para atender o consumo interno.

O Núcleo de Pesquisa e Estatística da federação afirma que toda a cadeia produtiva desses alimentos será afetada. O café, por exemplo, pode ter uma redução de até 30% nas exportações. Com isso, a sobra do produto no Brasil forçaria uma queda de receita para os produtores e um aumento de até 6% no preço ao consumidor final. Já carnes e pescados também devem registrar alta nos preços, como forma de equilibrar os custos de produção.

A expectativa da Fhoresp é que os impactos mais fortes sejam sentidos em médio e longo prazos, atingindo diretamente o setor de Alimentação Fora do Lar — que representa mais de 500 mil estabelecimentos no Estado de São Paulo.

O diretor-executivo da entidade, Edson Pinto, reforça a preocupação e classifica a medida como um golpe direto ao agronegócio. "Temos de colocar todos os cenários à mesa, para que o Brasil entenda o que pode estar por vir, inclusive, um quadro de recessão econômica. No médio e no longo prazos, o mercado interno deve sofrer com impactos em toda a cadeia produtiva, sobretudo no Agronegócio. Por isso, a Federação defende uma ação diplomática e estratégica em defesa dos interesses nacionais. Precisamos de menos bravata e de mais negociação diplomática", afirma.

Além da pressão sobre os alimentos, o anúncio da sobretaxa contribuiu para a alta do dólar. A moeda norte-americana passou de R$ 5,40 para R$ 5,70 nos últimos dias. A valorização encarece importações e eleva os custos de produtos e serviços que dependem de insumos estrangeiros.

Perfil Brasil
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