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Política

SP: Soninha e Eymael respondem perguntas em tempo real na internet

10 ago 2012 - 19h51
(atualizado às 21h53)
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Daniel Fernandes

Os candidatos à prefeitura de São Paulo José Maria Eymael (PSDC) e Soninha Francine (PPS) encontraram na internet e nas redes sociais uma solução para apresentar e debater com a população suas ideias e propostas de governo. Com pouco tempo de propaganda no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão - Eymael possui 50 segundos e Soninha 1m11s - os candidatos usam o "Ask.fm", site de perguntas e respostas, para se aproximar dos eleitores.

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Em seu perfil no site, a candidata do PPS realizou na tarde desta sexta-feira mais uma de suas sessões de respostas ao público. Entre perguntas sobre planos de governo, posição política, opinião sobre os demais concorrentes ao executivo da capital paulista, gosto musical e até mesmo o açúcar que usa em sua dia-a-dia, Soninha também respondeu a questões polêmicas, como "o jeito conservador do Chalita te incomoda?", ao que respondeu: "me incomoda mais a gestão dele como Secretário de Educação. A qualidade de ensino só piorou."

Questionada sobre se o PT, partido do qual Soninha fez parte de 2004 a 2007, teria errado ao escolher Fernando Haddad como candidato para a disputa, e se ela seria um melhor nome para a legenda, a candidata foi enfática, e afirmou que "isso jamais aconteceria."

"(...) Eu e o PT nos desentendemos tanto que eu saí do partido... Mas se em vez de inventar o Haddad para barrar a Marta, e tentar exercer mais uma vez sua capacidade de eleger alguém fabricado por ele, o Lula podia ter escolhido o Suplicy, o Zé Eduardo... Alguém com mais projeção, aprovação, experiência política. 'Ema ema ema' rs. Por outro lado, se os teimosos tucanos tivessem indicado meu vice... Mas lá foram eles em romaria pedir para Geni atender o homem do zepelin, porque estavam morrendo de medo de não pagar nem placê com aqueles seus pré-candidatos pouco conhecidos. Tsc tsc."

Eymael, que também respondeu questionamentos feitos por eleitores nesta sexta-feira, ainda não vem usando a ferramenta com a mesma frequência de sua adversária. Enquanto, até o momento da publicação desta matéria, Soninha havia respondido a 314 perguntas, o "democrata cristão" deu sua opinião apenas sobre 31 questionamentos.

Apesar de ter respondido 10 vezes menos perguntas do que Soninha, Eymael também já teve de lidar com questionamentos polêmicos, como sua opinião sobre o uso de drogas e relação entre pessoas do mesmo sexo.

"O senhor é contra gays?", perguntou um dos usuários do site ao candidato do PSDC. "A minha posição é a mesma da Constituição Federal, que assegura a liberdade de opção sexual. Ressalto, entretanto, que para a Democracia Cristã a instituição casamento é a união de homem e mulher", respondeu Eymael.

Já sobre drogas, o democrata cristão afirmou que considera o usuário como uma "vítima", e não culpado pelos problemas deccorrentes do vício, e que "a legalização do uso da maconha apenas contribuiria para a disseminação e o aumento do consumo de drogas."

Ferramenta importante

Para Eymael, a ferramenta é um diferencial no processo eleitoral, e as redes sociais e a internet como um todo podem ser uma importante forma de se driblar o pouco espaço no horário eleitoral.

"As perguntas são diretas, e exigem respostas diretas. É uma forma bem interessante de se comunicar, é bem ágil", afirmou o candidato ao Terra. "Vou responder perguntas ao vivo em meu site após a exibição do meu horário eleitoral também", disse Eymael, que classificou a diferença para os demais candidatos como "cruel".

O candidato, porém, afirma que é necessário ter conteúdo, preparo e bom-humor para lidar com o público em um processo tão direto. "Me perguntaram o que eu faria caso alienígenas invadissem a Terra. Se eu fugiria ou lutaria pelo nosso planeta", brincou.

Para Soninha, ao contrário das candidaturas com mais recursos e tempo de propaganda, a internet é uma ferramenta importantíssima para sua campanha, pois traz a possibilidade de interação imediata e "sem mediadores" com o público.

"Independente do resultado eleitoral, isso traz a possibilidade importantíssima de discutir ideias", disse. "Dá pra saber algumas demandas que eu não tinha conhecimento e reforçar pontos que achei que já tinha falado e esclarecido, mas que, muitas vezes, aparecem como dúvidas de algumas pessoas", afirmou.

Apesar de afirmar que é necessário cuidado com o que se trata com os usuários, Soninha acredita que esse tipo de discussão tem que ser tratada com honestidade e espontaneidade pelo candidato. "Muitos diriam que tem que ter cuidado, mas um candidato tem que romper limites, ser espontâneo, porque o contato é direto", afirmou. "O preparo tem de ser mais emocional", disse a candidata, que comparou estar exposta às perguntas a ir a um jogo de futebol na torcida adversária. "Você vai ser xingado", afirmou.

Soninha posa ao lado de Lucas Albano (PMN), seu vice na chapa que disputará o pleito em outubro
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Foto: Léo Pinheiro / Terra
Fonte: Terra
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