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Política

Pros cobra de Cid Gomes participação em indicação para ministério

Partido recém-criado não quer que governador de Ceará decida sozinho sobre espaço na reforma ministerial da presidente Dilma Rousseff

29 jan 2014 - 21h41
(atualizado às 21h59)
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A cúpula do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) cobrou nesta quarta-feira do governador do Ceará, Cid Gomes, participação na indicação de um nome na reforma ministerial deste ano. A presidente Dilma Rousseff prometeu espaço no governo para Cid e o irmão dele, o ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes, mas a legenda recém-criada quer que o nome seja discutido pelo partido.

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Os irmãos Gomes deixaram o PSB no ano passado em contrariedade à decisão do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, de concorrer à Presidência da República em 2014. O gesto, que pode enfraquecer a terceira via no Ceará em 2014, abriu espaço para uma representação do Pros no ministério da presidente Dilma.

Uma eventual indicação pessoal de Cid Gomes sem a chancela da sigla não é bem vista por lideranças do partido. Numa reunião na sede da legenda em Brasília, nesta quarta, foi colocado ao governador que o partido deve aguardar uma posição oficial da presidente Dilma e discutir o nome depois.

"Nós chamamos o Cid para tentar afinar o discurso. Estão dizendo que (o ministério) é do Pros, indicado pelos irmãos Gomes", explicou o líder do Pros na Câmara, Givaldo Carimbão (AL). "Quando a Dilma chamar (o Pros), a gente conversa. (...) Não diria para cobrar, mas participar da discussão", acrescentou o líder o partido, que conta com uma bancada de 18 deputados na Câmara e um senador.

O Ministério da Integração é a pasta com chance de ser deixada para o Pros. Desde a saída de Fernando Bezerra do cargo com a debandada do PSB, o ministério está com o interino Francisco Teixeira, que trabalhou com Cid Gomes. O irmão do governador, Ciro Gomes, foi titular da pasta no governo Lula.

Antes de ir à sede de seu partido, Cid Gomes se reuniu com o ministro Aloizio Mercadante no Ministério da Educação. O governador negou, no entanto, ter conversado sobre cargos com o petista, que deve assumir a Casa Civil no mês que vem. Segundo pessoas que participaram da reunião do Pros, ele não comentou com colegas de partido a conversa que teve com Mercadante.

"Eu não tenho, nunca tive nem terei o menor apetite por ministérios", disse Gomes na saída do ministério. Ele também manifestou preferência que o irmão não deixe a Secretaria da Saúde cearense para integrar o governo federal.

Sobre o apoio nas eleições presidenciais de 2014, o Pros está definido. "Nós vamos apoiar a Dilma em qualquer situação, mesmo sem cargos", disse o presidente do partido, Eurípedes Júnior.

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Fonte: Terra
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