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Política

MP Eleitoral de MG denuncia Nikolas Ferreira por difamação contra Fuad Noman

Deputado federal foi denunciado por publicação realizada durante eleições de 2024; Nikolas diz que é "perseguição"

8 jul 2025 - 16h24
(atualizado às 21h46)
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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o estadual Bruno Engler (PL-MG) foram denunciados por difamação pelo Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais nesta terça-feira, 8. A acusação ocorreu devido um vídeo publicado por Nikolas durante as eleições 2024. Na peça, o parlamentar associava um livro escrito por Fuad Noman, então candidato a prefeito na capital mineira e concorrente de Engler, à pedofilia.

A denúncia no MP Eleitoral de Minas Gerais pede que o deputado tenha seus direitos políticos suspensos e pague uma indenização por danos morais para uma instituição indicada pela família de Noman. O prefeito faleceu em março deste ano.

Deputado teria publicado vídeo em que associava o livro "A Cobiça", escrito por Fuad Noman, à pedofilia.
Deputado teria publicado vídeo em que associava o livro "A Cobiça", escrito por Fuad Noman, à pedofilia.
Foto: Taba Benedicto/ Estadão / Estadão

Em nota, o Ministério Público do Estado afirmou que "o grupo disseminou intencionalmente informações que sabia ser inverídicas". A ação teria se dado em duas frentes: propagação de "trechos descontextualizados de obra literária de autoria do candidato e falsa imputação de responsabilidade por suposta exposição de crianças a conteúdo impróprio".

Ao Estadão, o deputado afirmou que o processo é sintoma da "perseguição" que parlamentares da direita sofrem. "Estão querendo cassar os meus direitos políticos por que fiz rachadinha? Por que coloquei dinheiro na cueca? Por que quebrei estatais? Não! Estão querendo me deixar inelegível porque denunciei um livro pornográfico do antigo prefeito de Belo Horizonte", afirmou.

Relembre o caso

Durante a campanha eleitoral de 2024, Nikolas apoiou Bruno Engler (PL) na corrida pela prefeitura de Belo Horizonte. O deputado federal publicou um vídeo em que discorria sobre o livro "A Cobiça", escrito por Noman.

A obra, que Nikolas classificou como um "livro pornográfico", apresenta um estupro coletivo de uma criança em sua narrativa. De acordo com o MPE, o deputado associou Noman à prática e disse no vídeo que "o problema é quando a ficção vira a realidade".

O juiz Adriano Zocche considerou o vídeo de Nikolas "evidente distorção e manipulação para atingir parcela do eleitorado". O magistrado determinou a remoção do conteúdo, multa de R$ 5 mil por hora em caso descumprimento e deu direito de resposta à Noman durante o tempo de propaganda eleitoral reservado para Engler. O deputado federal, no entanto, não apagou a gravação de suas redes sociais.

Estadão
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