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Política

Ministério da Defesa divulgou link de canal que pedia golpe de Estado em 2022

Na época, a pasta era comandada pelo general Paulo Sérgio Nogueira e divulgava uma publicação no Telegram

10 mar 2025 - 12h05
(atualizado às 12h37)
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Em novembro de 2022, quando Jair Bolsonaro (PL) ainda ocupava a Presidência, o Ministério da Defesa publicou em seu perfil oficial no X (antigo Twitter) um link que redirecionava os usuários para um canal no Telegram com uma mensagem em defesa de um golpe de Estado. A informação foi revelada pelo Estadão.

Publicação feita no canal “Ministério da defesa” no Telegram
Publicação feita no canal “Ministério da defesa” no Telegram
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

Na época, a pasta era comandada pelo general Paulo Sérgio Nogueira e divulgava uma publicação sobre o relatório das Forças Armadas a respeito das urnas eletrônicas. O documento foi elaborado após o segundo turno da eleição presidencial.

A postagem oficial permanecia acessível até a última verificação e dizia: "#NotaOficial. Defesa informa sobre o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação". Logo depois, o ministério orientava os usuários a acessarem o comunicado completo por meio de um link no Telegram.

O que havia no link compartilhado pelo Ministério da Defesa?

O endereço levava os usuários a um canal nomeado "Ministério da defesa" (com a inicial minúscula, um erro na grafia oficial). No espaço, era exibida a mensagem: "Dê o golpe jair".

O canal não continha outras publicações e não pertencia à conta oficial do ministério na plataforma. O perfil legítimo da pasta no Telegram possui a grafia correta e o selo "Oficial" em seu nome de usuário (@MinisteriodaDefesaOficial), além de ter mais de 22 mil seguidores e realizar postagens regulares.

Relatório não apontou fraude nas urnas

O relatório das Forças Armadas sobre as urnas eletrônicas foi encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 9 de novembro de 2022, dois dias após a publicação feita pelo ministério no X. No documento, os militares não identificaram qualquer irregularidade no processo que levou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência.

Apesar da conclusão, a Defesa divulgou, no dia seguinte ao envio do relatório, uma nota sugerindo que não era possível descartar totalmente a hipótese de fraude.

"O Ministério da Defesa esclarece que o acurado trabalho da equipe de técnicos militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação, embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022", afirmou o informe publicado em 10 de novembro de 2022.

Perfil Brasil
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