PUBLICIDADE

Lava Jato

Delcídio: Mercadante ofereceu dinheiro para 'calar' delação

15 mar 2016 - 13h29
Compartilhar
Exibir comentários
Delcídio acusou Mercadante e a presidente Dilma de tentar comprar silêncio de uma testemunha, obstruindo a justiça
Delcídio acusou Mercadante e a presidente Dilma de tentar comprar silêncio de uma testemunha, obstruindo a justiça
Foto: Flickr/Aloizio Mercadante Oliva / O Financista

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, teria oferecido ajuda financeira para que o senador Delcidio do Amaral deixasse a prisão e escapasse da cassação de mandato no Senado. Em contrapartida, pediu que ele não “desestabilizasse tudo” com seu depoimento. O senador entregou gravações à PGR (Procuradoria Geral da República) de conversas de seu assessor com Mercadante na qual ele tenta evitar a delação de Delcídio. As informações são da Folha de S.Paulo e da Veja.

De acordo com os jornais, a atitude do ministro foi relatada por Delcídio em seu depoimento na delação premiada, homologada nesta terça-feira (15). Aloizio Mercadante tratou com o assessor da estrita confiança de Delcídio, José Eduardo Marzagão. O senador disse que o ministro agira a mando da presidente Dilma Rousseff, e dessa maneira acusou Mercadante e a presidente de tentar comprar o silêncio de uma testemunha.

Marzagão gravou as conversas com Mercadante e entregou-as a Delcídio, para que fossem apresentadas como prova em seu depoimento. Foram três encontros, todos em dezembro do ano passado. De acordo com a delação, também houve promessa de lobby no Judiciário e no Senado para que o senador fosse solto.

Segundo a Folha, no depoimento, Marzagão comentou que a família do senador estava em dificuldades financeiras e recebeu oferta de ajuda de Mercadante.

"Mercadante disse que a questão financeira e, especificamente, o pagamento de advogados, poderia ser solucionado, provavelmente por meio de empresa ligada ao PT", diz o depoimento de Delcídio.

Para o senador, o ministro "agiu como emissário da Presidente da República e, portanto, do governo".

O Financista Todos os direitos reservados
Compartilhar
Publicidade
Publicidade