Script = https://s1.trrsf.com/update-1764790511/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

EUA cancelam vistos da mulher e da filha de Alexandre Padilha

Família do ministro da Saúde do governo Lula foi comunicada sobre a medida nesta sexta-feira, 15; Padilha diz que EUA fazem ataque "covarde"

15 ago 2025 - 15h48
(atualizado às 18h40)
Compartilhar
Exibir comentários

BRASÍLIA - O governo dos Estados Unidos cancelou os vistos da mulher e da filha de dez anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A informação foi divulgada pelo G1 e confirmada pelo Estadão.

A família do ministro do governo Lula foi comunicada sobre os cancelamentos na manhã desta sexta-feira, 15, pelo consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo.

Alexandre Padilha, ministro da Saúde do governo Lula
Alexandre Padilha, ministro da Saúde do governo Lula
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

Em sua rede social, o ministro classificou o ato do governo dos EUA como "covarde", mas que não irá se intimidar. "Me sinto indignado por um ato de covardia que atinge uma criança de 10 anos de idade e a minha esposa. As pessoas que fazem isso, o clã Bolsonaro que orquestra isso, tem que explicar para o mundo inteiro qual o risco que uma criança de 10 anos pode ter para o governo americano", disse o ministro.

Segundo o blog da jornalista Julia Duailibi, nos documentos, o governo de Donald Trump diz que os vistos foram cancelados porque, após a emissão, "surgiram informações indicando" que a mulher e a filha de Padilha não eram mais elegíveis.

Também ao G1, ao blog da jornalista Ana Flor, o ministro disse que não teve visto cancelado porque o dele está vencido desde 2024.

A mulher e a filha de Alexandre Padilha estão no Brasil, e, com o cancelamento dos vistos, não podem mais entrar nos Estados Unidos.

Nesta semana, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, chefe da diplomacia do governo Donald Trump, revogou os vistos do secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde Mozart Júlio Tabosa Sales, e de Alberto Kleiman, um ex-funcionário do governo brasileiro.

Rubio cita, como razão para a medida, o programa "Mais Médicos", política pública criada no governo de Dilma Rousseff para suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades do Brasil. A pasta da Saúde era chefia por Padilha na época da criação do programa.

Em sua conta no X (antigo Twitter), o ministro da Saúde disse que o programa sofre um ataque injustificável. "O Mais Médicos, assim como o Pix, sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja. O programa salva vidas e é aprovado por quem mais importa: a população brasileira. Não nos curvaremos a quem persegue as vacinas, os pesquisadores, a ciência e, agora, duas das pessoas fundamentais para o Mais Médicos na minha primeira gestão como Ministro da Saúde, Mozart Sales e Alberto Kleiman", escreveu o ministro na quarta-feira, 13.

Também na rede social, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou a decisão do governo Trump e defendeu o programa Mais Médicos.

"Punir uma criança, a família do ministro Padilha, como fez o governo Trump provocado por Bolsonaro, é muita covardia. É assim que agem a extrema-direita e seus cúmplices", disse nesta sexta. "Mas o Brasil se orgulha do ministro que fez o Mais Médicos e de toda sua equipe. Salvaram vidas, ao contrário do que Bosonaro fez na pandemia."

Estadão
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade