Crise de soluço leva médicos a antecipar procedimento, e Bolsonaro fará terceira cirurgia
Ex-presidente passou por um bloqueio do nervo frênico
A equipe médica do ex-presidente Jair Bolsonaro explicou neste sábado, 27, os detalhes do procedimento adotado para tentar controlar crises de soluço. Internado desde 24 de dezembro, Bolsonaro foi submetido a um bloqueio do nervo frênico na tarde de hoje e, segundo a equipe, encontra-se acordado e em observação.
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Inicialmente, os profissionais optaram por intensificar o uso de medicamentos, buscando uma resposta clínica sem a necessidade de intervenção. A estratégia, porém, não surtiu o efeito esperado. De acordo com o cardiologista Brasil Caiado, o quadro se agravou na véspera.
"Ontem, ele teve uma crise de soluço muito prolongado, inclusive mais forte, que o incomodou para dormir, acordou abatido", afirmou o cardiologista.
Após a piora, a equipe decidiu avançar para o procedimento, aproveitando o período de internação já previsto até o início da próxima semana. A intervenção foi planejada para ocorrer em etapas.
"Como estávamos com programação até segunda-feira, hoje chamamos a equipe que faz o procedimento e optamos pelo procedimento. Vamos aguardar resposta. Hoje, foi feito do lado direito e segunda-feira faremos do lado esquerdo", explicou.
O radiologista intervencionista Mateus Saldanha relatou que a técnica foi aplicada com sucesso e sem complicações, destacando que o bloqueio não é feito simultaneamente nos dois lados por questões de segurança.
A equipe médica mantém a previsão de internação entre cinco e sete dias. Segundo o médico Birolini, caso a evolução clínica seja positiva após a próxima etapa, Bolsonaro poderá receber alta na quarta-feira.
"Vamos fazendo o menos invasivo e reavaliando periodicamente. Se chegar num ponto que não resolve, vamos rediscutir e ver o melhor caminho possível", disse Birolini.