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Política

Comissão da Câmara revoga regras para uso de câmeras corporais em policiais

Deputados argumentam que parâmetros não foram definidos pelo dispositivo legal correto

12 ago 2025 - 21h20
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A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 12, projeto de lei que derrubou a norma técnica que definia os padrões mínimos para as câmeras corporais usadas por policiais. Dentre os parâmetros, estavam a resolução necessária, o tempo mínimo de gravação e determinações para segurança das gravações.

Os critérios para as câmeras corporais foram instituídos por meio de uma portaria que aprovou uma norma técnica. O deputado federal Alberto Fraga (PL-DF) argumenta que estes não são o dispositivos legais adequados para legislar sobre o tema.

"Embora a Norma Técnica referida na Portaria estabeleça parâmetros, parte razoável, a regulação, especialmente quanto às polícias militares, principais destinatários do documento, não pode se dar por meio desse instrumento, mas seguramente por lei federal", escreve o parlamentar na justificativa do projeto de lei que derrubou os parâmetros.

Uso de câmera corporal não é obrigatório nos Estados.
Uso de câmera corporal não é obrigatório nos Estados.
Foto: Taba Benedicto/Estadão / Estadão

Os Estados possuem autonomia para decidir se suas forças policiais irão usar câmeras corporais. Fraga explica que, por este motivo, "a Portaria mostra-se mera carta de intenções, sem força normativa, servindo mais para propaganda governamental, sem qualquer viabilidade normativa".

Na sessão em que o projeto de lei foi aprovado houve bate boca entre os parlamentares. A deputada Duda Salabert (PDT-MG) apresentou dados sobre o tema para pedir que a norma técnica não fosse derrubada. "O Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou que os batalhões que aderiram câmeras reduziram em 76.2% sua letalidade", argumentou. Ela também disse que as câmeras favorecem a segurança dos próprios policiais.

O deputado Sargento Fahur (PSD-PR), em resposta, disse: "a deputada Duda Salabert citou alguns números, 70 e não sei quantos porcento de letalidade a menos, são 72% de vagabundos a mais, porque pode ter certeza que deixaram de matar vagabundo, uma falha grave da polícia neste sentido [...]. Esse tipo de câmera só serve para inibir o policial".

No momento da aprovação, o presidente da sessão, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), cortou o microfone dos parlamentares governistas, que tentavam protestar.

Para entrar em vigor, o texto ainda precisa ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmera e pelo plenário. Em seguida, o projeto segue para o Senado Federal, onde também deve ser debatido.

Estadão
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