Chefe da embaixada americana citou atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA, diz líder do governo Lula
Segundo Randolfe Rodrigues (PT-AP), encarregado de negócios da Embaixada dos EUA no Brasil não citou o nome de Eduardo Bolsonaro
O encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Scobar, se reuniu com o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) nesta quarta-feira, 16, para discutir as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Donald Trump.
Durante o encontro, segundo o líder do governo Lula no Senado, Scobar mencionou a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. Embora tenha se referido a um parlamentar brasileiro que atuava em seu país, Scobar não citou o nome do deputado federal licenciado, disse Randolfe.
"Ele reportou a atuação de um deputado brasileiro lá. Obviamente me parece que, diante da atuação de um deputado brasileiro, ele queria ouvir a opinião do parlamento brasileiro", afirmou o senador após a reunião.
Em março, Eduardo Bolsonaro anunciou que se licenciaria do mandato na Câmara para permanecer nos Estados Unidos, onde buscaria sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em entrevista à Coluna do Estadão, Eduardo disse que não via o anúncio de tarifas como uma ameaça à soberania do Brasil, pois "um País que não tem um judiciário decente não tem soberania". O deputado federal licenciado afirmou que "sacrificaria" o mandato. A licença solicitada pelo parlamentar em março se encerra neste domingo, 20.
Com o anúncio de tarifas a produtos brasileiros, o deputado licenciado tem condicionado a resolução da crise à aprovação, pelo Congresso, de uma anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Nesta quarta-feira, 17, Lula afirmou que Eduardo foi pedir "um golpe" a Donald Trump.
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