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Política

Câmara convoca ministro que falou em deputados "achacadores"

Ministro da Educação, Cid Gomes, disse que Câmara dos Deputados tem 300 ou 400 deputados "achacadores"

4 mar 2015 - 19h10
(atualizado às 21h29)
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<p>Cid Gomes terá que prestar explicações sobre declarações feitas a respeito de deputados federais</p>
Cid Gomes terá que prestar explicações sobre declarações feitas a respeito de deputados federais
Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil

A Câmara aprovou nesta quarta-feira, por 280 votos a 102, a convocação do ministro da Educação, Cid Gomes (Pros), para que explique declarações feitas sobre deputados federais. Em um evento no Pará, o ex-governador do Ceará disse que a Casa, composta por 513 deputados, tem 300 ou 400 “achacadores”.

No evento, Gomes disse que esses deputados se aproveitam de momentos de fragilidade do governo, segundo um áudio divulgado no blog do jornalista Josias de Souza. “Eles querem que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem emendas impositivas”, disse o ministro.

A fala de Cid Gomes gerou turbulência na Câmara dos Deputados, que discutiu a convocação do ministro por quase duas horas. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou durante a sessão a retirada de pauta de um projeto do Ministério da Educação. No evento no Pará, Cid Gomes também opinou que a atual direção da Câmara “será um problema grave para o Brasil”.

Deputado teria chamado manifestantes de "burros" na Assembleia; vídeo:

O líder da minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE), chegou a defender a demissão do ministro, enquanto Raul Jungmann (PPS-PE) sugeriu um pedido de interpelação judicial. A ideia recebeu apoio de Cunha: “pode trazer que eu assino com o maior prazer”.

Para o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), Cid Gomes precisa explicar na Câmara quem são os achacadores. "Ele tem de dizer ao Brasil quem achacou, de que forma isso aconteceu e em que circuntâncias", disse.

Falando em nome do governo, o líder José Guimarães (PT-CE) disse que a fala do ministro foi infeliz. “O governo não tem qualquer questionamento da presidência da Casa, a declaração foi infeliz. Nem sempre a radicalização é o melhor caminho”, disse.

Fonte: Terra
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