Bolsonaro deve ter alta no dia 1º de janeiro, diz equipe médica

Bolsonaro passa por novo procedimento para conter crises de soluço em Brasília:

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  Bolsonaro passa por novo procedimento para conter crises de soluço em Brasília
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Jair Bolsonaro (PL) concluiu na tarde desta segunda-feira, 29, no Hospital DF Star, em Brasília, uma nova cirurgia para tentar controlar suas crises de soluço, após cerca de uma hora de procedimento. A informação foi publicada por Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, nas redes sociais. O ex-presidente, que cumpre pena por tentativa de golpe de Estado, deve receber alta no 1º de janeiro. 

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“Procedimento finalizado. Graças a deus, agora aguardamos ele subir para o quarto”, escreveu a ex-primeira-dama, em seu perfil no Instagram.

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Em conversa com a imprensa após o procedimento, o cirurgião Claudio Birolini explicou os próximos passos do acompanhamento médico do ex-presidente, que terá alta apenas após o réveillon.

“A gente precisa de 48 horas para avaliação de resultados e complicações. Esse tempo será aguardado, independente de qualquer coisa. Ainda está prevista a realização de uma nova endoscopia digestiva, a gente não decidiu ainda se vai fazer amanhã ou na quarta-feira. Estamos trabalhando com a hipótese de [alta] que, se não houver novas intercorrências, ele fique aqui até dia 1º, na quinta-feira", disse à imprensa.

Esta é a terceira vez que o ex-presidente vai ao centro cirúrgico desde que foi internado, na última quarta-feira, 24. A intervenção consiste em um bloqueio anestésico do nervo frênico, no lado esquerdo. No último sábado, 27, ele realizou o mesmo tratamento no lado direito.

Segundo boletim médico divulgado no domingo, 28, a realização do bloqueio do nervo frênico esquerdo já estava programada como etapa complementar do tratamento, considerada necessária para a posterior avaliação dos resultados do procedimento.

O ‌nervo frênico é uma estrutura que ‌vai da região cervical até o tórax controlando o diafragma, que é um músculo essencial para a respiração. Ao Terra, o gastroenterologista da Beneficência Portuguesa, Rogério Alves, explicou que realizar o procedimento de bloqueio nesse nervo é comum para tratamentos de dor, e reconhece ser incomum o viés voltado ao tratamento de crises de soluço.

“Não é comum a realização de bloqueio para soluço. Isso é uma medida um tanto quanto extrema. Acredito que o ex-presidente já tenha tentado os tratamentos de todas as formas, com remédio, e mesmo assim não resolveu”, disse o especialista.

A expectativa da equipe médica é que o ex-presidente permaneça internado por ao menos mais 48 horas após o procedimento para acompanhamento do pós-operatório e observação da evolução do quadro clínico. 

Bolsonaro foi internado inicialmente na quarta para realizar uma cirurgia de correção de uma hérnia inguinal bilateral. A internação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após perícia da Polícia Federal (PF) indicar a necessidade da intervenção médica.