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Polícia

Durante investigações sobre golpe, Bolsonaro se escondeu em embaixada da Hungria; veja vídeo

As imagens, obtidas pelo jornal estadunidense The New York Times, mostram o ex-presidente chegando no local em 12 de fevereiro, quatro dias após ter seu passaporte confiscado pela PF

25 mar 2024 - 15h42
(atualizado às 15h51)
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O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, foi flagrado por câmeras de segurança chegando à embaixada da Hungria no Brasil em 12 de fevereiro, quatro dias após ter seu passaporte confiscado pela PF. As imagens, obtidas pelo jornal estadunidense The New York Times, mostram um carro preto chegando ao local. Dele, descem Bolsonaro e mais dois seguranças e o embaixador húngaro, Miklos Tamás Halmai, os recebe.

Imagens de câmeras obtidas pelo NYT
Imagens de câmeras obtidas pelo NYT
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

O movimento pode ser visto como uma tentativa de aproximação de Bolsonaro ao primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, a quem já chamou de "irmão", para concretizar uma eventual extradição. Como uma embaixada é considerada território estrangeiro, os órgãos federais não podem exercer mandados nem investigações. Jair Bolsonaro deixou o local dois dias depois, em 14 de fevereiro.

O jornal também apurou que funcionários da embaixada foram orientados a não comparecer ao prédio e terminarem a semana, de Carnaval, trabalhando remotamente.

"Não vou negar", diz Bolsonaro

À coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, o ex-presidente confirmou que visitou a embaixada da Hungria. "Não vou negar que estive na embaixada sim. Não vou falar onde mais estive. Mantenho um círculo de amizade com alguns chefes de estado pelo mundo. Estão preocupados. Eu converso com eles assuntos do interesse do nosso país. E ponto final. O resto é especulação", disse.

Em dezembro de 2023, Bolsonaro se reuniu pessoalmente com o primeiro-ministro húngaro em Buenos Aires, durante a posse de Javier Milei.

A defesa de Bolsonaro afirmou, em nota, que a visita ocorreu "para manter contatos com autoridades do país amigo", visto que o ex-presidente "mantém um bom relacionamento com o premier húngaro". O comunicado também ressalta que ele foi convidado a comparecer à embaixada.

"Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news", completa a nota.

PF vai investigar

A Polícia Federal anunciou que apurará os detalhes da visita do ex-presidente. Vale lembrar que, à época, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes mandou o ex-presidente entregar o passaporte, além de proibi-lo de contatar outros investigados.

Durante a deflagração da operação, a PF prendeu dois assessores-especiais de Bolsonaro, Filipe Martins e Marcelo Câmara.

Perfil Brasil
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