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Em uma semana, Espírito Santo tem mais de 130 mortos

11 fev 2017 - 15h11
(atualizado às 15h52)
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Corpos de vítimas da violência no Espírito Santo são vistos no IML de Vitória.
Corpos de vítimas da violência no Espírito Santo são vistos no IML de Vitória.
Foto: Reuters

Uma semana após o início da paralisação da Polícia Militar no Espírito Santo, o número de homicídios chegou a 137 no Estado, segundo dados do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol/ES) divulgados neste sábado (11).

Enquanto os policiais militares não voltam às ruas, mesmo depois de um acordo entre associações de PMs e o governo estadual, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que as tropas federais ficarão no Estado pelo tempo que for necessário, até que o policiamento seja restabelecido.

"A determinação do presidente da República é de envolver os recursos necessários e o tempo necessário até a retomada da normalidade. Podem ter certeza: não vamos vacilar", afirmou Jungmann em pronunciamento no 38º Batalhão de Infantaria, em Vila Velha, na região metropolitana de Vitória.

Ele afirmou, ainda, que cabe ao governo do estado a coordenação das ações em relação à Polícia Militar: "Nós vamos dar apoio às decisões do governo, de forma inflexível e determinada. Não se pode aceitar que reivindicações coloquem em risco a sociedade."

De acordo com Jungmann, 3.130 homens estão no Estado e, desses, 300 são da Força Nacional. Estão sendo empregados também mais de 180 veículos, três helicópteros e sete veículos blindados.

"Já temos um policiamento que é superior ao que era registrado em dias normais. Isso tem feito com que, desde que as forças chegaram, não aconteçam mais saques e arrombamentos", frisou o ministro. "Houve, ainda, uma redução extraordinária de homicídios, que ainda ocorrem acima da média, mas que já tiveram uma queda vertical."

Apesar do acordo fechado na noite de sexta-feira entre o governo estadual e as associações que representam os policiais militares capixabas para suspender a paralisação às 7 horas da manhã deste sábado, as mulheres dos agentes seguem acampadas na frente de batalhões na capital, Vitória, e impedem a saída das viaturas.

Elas afirmam que não vão recuar do ato por melhores salários e permanecem em frente aos quartéis bloqueando a saída dos policiais.

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