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SP: "vaquinha" para tratar cão-guia arrecada triplo da meta

O apelo do casal é para que o cão possa continuar ao lado dos dois

30 mar 2014 - 14h49
(atualizado às 15h07)
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O cão-guia do casal sofre com uma doença genética rara e precisa de tratamento
O cão-guia do casal sofre com uma doença genética rara e precisa de tratamento
Foto: Reprodução

Uma campanha online para custear o tratamento de um cão-guia que sofre de uma doença rara em Jandira, na Grande São Paulo, já arrecadou o triplo do valor pedido por seus donos, após divulgação no jornal Folha de S.Paulo neste domingo. O montante de doações já ultrapassa R$ 15 mil, podendo passar dos R$ 35 mil ainda amanhã se todas as doações forem confirmadas.

Segundo o funcionário público Marcos André Leandro, dono do cão, Wyatt está com a família desde 2007 e, desde o início do ano, sofre de uma doença genética que causa o acúmulo de cobre no fígado – conhecida em humanos como a Doença de Wilson.  Por causa dessa doença, o organismo do animal não consegue metabolizar o metal presente nos alimentos e na água.

“No início do ano de 2014 ele ficou muito mal e passou seis dias internado em um hospital veterinário muito caro. Depois que teve alta, deu-se continuidade ao tratamento, e o tratamento é muito caro. Ele está tomando diariamente mais de sete medicamentos e todos são muito caros. Não tenho condições de arcar com o custo, porque está comprometendo mais de 40% do meu salário”, afirma Marcos em um blog.

O funcionário público e sua mulher, Esvana Marques, 37 anos e também deficiente visual, resolveram criar uma vaquinha virtual e desde o dia 13 de março vêm arrecadando fundos para auxiliar no tratamento do cão. O objetivo pretendido pelo casal era de R$ 5 mil, e até as 14h de hoje, o valor arrecadado já era de R$ 16.380, com cerca de R$ 21 mil ainda a serem confirmados pelas instituições financeiras nos próximos dias úteis.

O apelo do casal é para que o cão possa continuar ao lado dos dois. “(Ele) dorme no mesmo quarto, vai ao trabalho comigo, viaja comigo para onde eu vou, de avião, de ônibus, de trem, de carro, ou qualquer outro meio de transporte”, diz Marcos na página virtual.

Wyatt ao lado de seu dono, o funcionário público Marcos André Leandro
Wyatt ao lado de seu dono, o funcionário público Marcos André Leandro
Foto: Reprodução

Com o agravamento da doença, o casal precisa comprar remédios e custear a internação de Wyatt. “Fiz um empréstimo consignado onde recebo o salário para cobrir esses gastos imediatos. Mas ele terá de ficar em tratamento pelo resto da vida, e alguns dos medicamentos que irá tomar precisam ser manipulados devido a alta dosagem prescrita. São na verdade medicamentos comuns, de farmácias humanas”, conta.

Em um blog sobre o assunto, os donos de Wyatt detalham todos os gastos e a evolução do tratamento do cão.  Além dos medicamentos, o cachorro precisa comer uma ração especial, no valor de R$254,90 o pacote com 10 quilos.

A divulgação do caso de Wyatt pela imprensa pode ter alavancado o número de doações para a causa, mas também fez com que surgissem campanhas virtuais com as mesmas descrições da criada pelo casal. Em uma delas, a pessoa já ganhou R$ 60 e tem mais R$ 130 para ser liberado.  Na outra, que cita até o nome do cão doente, há a quantia de R$ 100 a ser confirmada.

Fonte: Terra
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