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Cidades

São Paulo monta tendas para atendimento a casos de dengue

Postos de atendimento estarão localizados na zona norte da cidade, onde há maior incidência da doença

31 mar 2015 - 15h11
(atualizado às 15h11)
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<p>São Paulo teve 4.436 casos de dengue confirmados até 14 de março deste ano</p>
São Paulo teve 4.436 casos de dengue confirmados até 14 de março deste ano
Foto: Agência Brasil

A Prefeitura de São Paulo começou a instalação de três tendas, na capital paulista, para auxiliar no atendimento e tratamento de pessoas com dengue. As tendas serão colocadas na zona norte da capital – área com maior incidência de transmissão da doença – em locais próximos a unidades básicas de saúde (UBS), de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) ou de prontos-socorros. Cada tenda terá capacidade para atender 300 pacientes por dia.

As tendas são implementadas pela prefeitura em parceria com cinco hospitais filantrópicos da cidade (Sírio-Libanês, Hospital do Coração, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital Albert Einstein e Hospital Samaritano), que participarão cedendo profissionais como médicos. A expectativa é de que o atendimento nas tendas comece até final da próxima semana. As armações estão localizadas na Rua Ibiraiaras, número 21, bairro Jardim Vista Alegre (UBS Jardim Vista Alegre); na rua Francisco Lotufo, 24, Vila Palmeiras (AMA/UBS Vila Palmeiras); e na Avenida João Amado Coutinho, 400, no Jaraguá (AMA/UBS Elísio Teixeira Leite).

De acordo com dados apresentados no último dia 26 pela Secretaria Municipal de Saúde, o município registrou, no período de 4 de janeiro a 14 de março, 4.436 casos de dengue confirmados autóctones (contraídos no município). No mesmo período de 2014, a cidade teve 1.412 casos confirmados. Cerca de 47,5% dos casos estão concentrados na zona norte de São Paulo.

Dois óbitos pela doença foram confirmados até agora: uma senhora de 84 anos, moradora de Brasilândia, zona norte, no dia 28 de janeiro; e um garoto de 11 anos, morador do Jardim Ângela, zona sul, no dia 9 de março. Há dez outros casos de óbito sendo analisados no momento. Durante todo o ano de 2014, a capital registrou 28.990 casos da doença – 97,7% no primeiro semestre–, com 14 óbitos ao longo do ano. Em 2015, a estimativa da Secretaria Municipal de Saúde, é que o número possa ser até três vezes maior.

Desde o início do ano, o Estado de São Paulo contabiliza 123 mil casos da doença, o que equivale a mais da metade dos 224 mil registros de dengue no País.

No interior do Estado, em Catanduva, cidade que declarou estar em epidemia de dengue, a Unidade de Tratamento da Dengue (UTD), que foi inaugurada no dia 14 de fevereiro, atendia em média 250 pacientes por dia. De acordo com dados da Prefeitura, desde o começo de março, os atendimentos diários caíram para 150 pacientes por dia. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) atendia diariamente, no começo da epidemia, em média, 900 pacientes. Desde o começo deste mês, a média diária caiu 35%, para 600 atendimentos.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica da cidade, são 9.358 casos positivos, com 643 pessoas aguardando os resultados dos exames. Até o dia 13 de março, o número de pacientes que esperavam resultados era 1.783.

Em Marília, foram registradas 10.970 notificações, sendo 4.075 confirmadas por exames de laboratório e 6.895 por diagnóstico clínico. Seis pessoas morreram e oito casos esperam confirmação. Em Campinas, segundo dados divulgados no dia 27 pela Secretaria de Saúde, foram confirmados 7.756 casos de dengue no município em 2015. Em janeiro, foram 1.205 ocorrências, em fevereiro, 2.981, e em março, 3.570. O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) tem ainda, 7.284 casos em investigação. Uma morte foi confirmada e outras quatro estão sendo investigadas e aguardam resultados de exames para confirmação.

Em Sorocaba, de acordo com dados do último dia 18, até o dia 16 de março, foram registrados 22.675 casos da doença, sendo 4.195 confirmados por critérios laboratoriais e 18.480 por critérios clínico-epidemiológicos, ou seja, casos prováveis de dengue. Deste total, 22.583 (99,6%) casos são autóctones e 92 (0,4%) são importados. Seis mortes foram registradas no município. Quatro outros casos aguardam confirmação.

Agência Brasil Agência Brasil
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