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PMs são presos acusados de matar morador de rua com três tiros de fuzil em SP

Balas atingiram cabeça, tórax e braço direito da vítima; defesas dos suspeitos não foram localizadas

24 jul 2025 - 20h11
(atualizado em 24/7/2025 às 20h26)
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Dois policiais militares, do 7° Batalhão da Força Tática, foram presos na terça-feira, 22, acusados de matar um morador de rua, no centro de São Paulo. O caso aconteceu na noite do dia 13 de junho, no Viaduto 25 de Março.

O Estadão apurou que a vítima foi atingida três vezes por tiros de fuzil, um na cabeça, outro no tórax e um terceiro no braço direito. O homem, identificado como Jeferson de Souza acabou não resistindo aos ferimentos e morreu. Ele tinha 23 anos.

Os policiais Alan Wallace dos Santos Moreira e Danilo Gehrinh foram presos. Em nota, a defesa dos militares afirmou que a ação dos policiais "decorreu de legítima defesa", e que buscará "demonstrar isso ao tribunal do júri".

A situação que levou aos disparos não está totalmente esclarecida. Conforme o coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar, os agentes disseram que viram o morador de rua descendo de uma árvore, e resolveram abordá-lo. Os militares, então, o levaram para baixo do viaduto, atrás de uma pilastra.

"Possivelmente, para não correrem o risco de uma câmera de rua ou de algum estabelecimento captarem as imagens. Se isso ficar comprovado, mostra também a intenção de matar o rapaz. Ou seja, há evidências contundentes do crime", disse o coronel.

A prisão foi realizada a pedido do Comandante Geral da Polícia Militar, o coronel José Augusto Coutinho, que determinou a representação pela prisão preventiva.

Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto e as imagens registradas pelas câmeras corporais foram incluídas na investigação. Ainda de acordo com Massera, os agentes teriam tampado a lente do dispositivo para impedir a gravação da abordagem.

"Ele (o policial) tentou cobrir a lente da câmera com a mão, mas não cobriu totalmente. Logo, temos a tentativa de fraude processual em evidência também, a ser investigada no IPM", afirmou Massera.

A Polícia Militar, em nota, disse que repudia veementemente a conduta de Moreira e Gehrinh no caso. "Assim que teve ciência dos fatos, o comando adotou as providências cabíveis e solicitou à Justiça a imediata prisão dos envolvidos, que foi decretada nesta terça-feira."

"A Polícia Militar é uma instituição legalista e jamais compactuará com qualquer tipo de excesso ou desvio de conduta por parte de seus integrantes, que responderão com rigor às instâncias disciplinares e judiciais competentes", acrescentou o comunicado.

A Ouvidoria das Polícias também criticou a ação dos policiais e descreveu o caso como "inaceitável", afirmando que os agentes violaram os protocolos profissionais da corporação.

O órgão critica também o sistema atual das câmeras corporais, segundo o qual, "não apresenta solução adequada para as ocorrências não acionadas pelo Copom (Centro de Operações da Policia Militar)".

"As COPs (Câmeras Operacioanais Portáteis) salvam vidas e preservam o bom policial, mas precisam ser utilizadas na sua plenitude funcionalidades, de outro modo, continuaremos reféns de calamidades como essa, que cobram com vidas o preço do despreparo e da intransigência".

Estadão
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