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Morte no metrô de SP: polícia vai atrás de resposta que não foi dada por vídeo de câmera

Concessionária diz que vítima atravessou a porta da plataforma mesmo após os avisos visuais e sonoros; imagens de segurança não possuem áudio

7 mai 2025 - 19h36
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Um homem morreu nesta terça-feira, 6, após ficar preso entre o trem e a porta de plataforma na estação Campo Limpo da Linha 5-Lilás do metrô. Segundo a ViaMobilidade, concessionária responsável pela linha, a vítima não respeitou os alarmes sonoros e visuais que indicavam que as portas estavam fechando.

A Polícia Civil informou que a perícia irá investigar se realmente ocorreram esses avisos e se não foram respeitados pelo passageiro, já que as imagens das câmeras de segurança não possuem áudio. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) também abriu procedimento sancionatório para investigar o caso. De acordo com a agência, caso seja comprovada falha na operação, serão aplicadas as sanções previstas no contrato de concessão.

Segundo a concessionária, os sensores da Linha 5-Lilás ficam nas portas de plataforma e do trem, não no vão entre as portas.

"No caso em questão, mesmo após os alarmes visuais e sonoros, ao tentar entrar no vagão, o passageiro acabou ficando no espaço entre o trem e a plataforma, onde não há sensores. Como tanto as portas de plataforma quanto as do vagão estavam fechadas, o trem partiu", explicou a empresa.

Concessionária diz que passageiro tentou entrar no trem mesmo após aviso sonoro para não ultrapassar a porta de plataforma.
Concessionária diz que passageiro tentou entrar no trem mesmo após aviso sonoro para não ultrapassar a porta de plataforma.
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

De acordo com o boletim de ocorrência registrado, ao perceber o acidente, os agentes "imediatamente se dirigiram ao local, onde avistaram a vítima, posteriormente identificada como Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, com seu corpo paralelo e junto à linha férrea, de bruços".

"Seguindo os protocolos de atendimento, o agente auxiliou o afastamento de clientes, momento em que outros agentes da equipe acessaram a via para verificar os sinais vitais da vítima", continua o boletim.

Ao ser resgatada, a vítima apresentava ferimento na região do crânio e já não tinha sinais vitais. Em seguida, a equipe retirou o corpo da vítima, desobstruindo a via férrea.

ViaMobilidade anuncia implementação de sensores no vão

A ViaMobilidade, que opera a Linha 5-Lilás, anunciou, após o acidente, que além dos sensores de fechamento que já existem e impedem que um trem parta se qualquer porta estiver aberta, a concessionária trabalha em um projeto para a implantação de sensores adicionais de presença no vão.

Na Linha 5-Lilás, o cronograma prevê concluir os sensores adicionais no vão no primeiro trimestre de 2026.

"Cabe destacar que esta tecnologia é muito recente e seu uso no mundo ainda é uma exceção, sendo a concessionária uma das pioneiras na adoção deste tipo de solução. Sua instalação envolve uma série de questões técnicas e testes, razão pela qual sua implantação não é imediata", afirmou a empresa.

A concessionária diz ainda que, desde a adoção das portas de plataformas pelo sistema metroviário em SP, sempre orientou seus clientes sobre o uso seguro desse equipamento por meio de placas, avisos sonoros, luminosos, monitores e campanhas de conscientização nas estações, nos trens e em seus canais de comunicação.

A única linha do Metrô que já possui estações com esses sensores de presença no vão é a 3-Vermelha, que não é operada por uma concessionária, mas pelo próprio Metrô. Dentre as estações da linha que possuem a porta de plataforma, a maioria também já teve o sensor instalado junto - as exceções são as estações Palmeiras-Barra Funda, Corinthians-Itaquera e Vila Matilde, que mesmo com porta de plataforma ainda não têm os sensores no vão.

Nas estações da Linha Vermelha onde as portas de plataforma ainda serão instaladas, os sensores adicionais também serão colocados, afirma Luis Kolle, engenheiro do Metrô de São Paulo e presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô.

Já nas estações com porta de plataforma de outras linhas ainda não há sensores de presença no vão.

Estadão
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