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Técnico em enfermagem que perdeu marido consegue registrar os 5 filhos no nome do casal

Casal ficou conhecido após participar do "The Wall", atração do "Domingão do Huck"

1 abr 2024 - 12h40
(atualizado às 12h41)
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Resumo
O técnico em enfermagem e criador de conteúdo, Daniel Rocha Braz, conseguiu registrar o nome do casal na certidão de nascimento dos cinco filhos adotados com o marido.
Antes de falecer, Jhonatan pediu para Daniel não abandonar as crianças
Antes de falecer, Jhonatan pediu para Daniel não abandonar as crianças
Foto: Reprodução: Instagram/danielrochabraz

O técnico em enfermagem e criador de conteúdo Daniel Rocha Braz conseguiu registrar os cinco filhos adotados com o marido Jhonatan Williantan da Silva, que morreu no ano passado, no nome do casal. As crianças eram primas de segundo grau de Jhonatan.

Jhonatan decidiu adotar as crianças, que foram negligenciadas, pela mãe há cerca de quatro anos. Ao todo, são cinco irmãos: Douglas, de 13 anos, Wendel, de 8, Harry, de 6, Yarah, de 5, e João Miguel, de 3 anos. O casal ficou conhecido após participar do "The Wall", atração do "Domingão do Huck".

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Jhonatan morreu no dia 4 de março de 2023, antes do programa ser exibido na TV Globo. E como a guarda das crianças estava apenas no nome dele, ela passou a ser do Estado. Segundo Daniel, ele duvidou se iria conseguir seguir a vida sem o marido e com cinco filhos.

"Quando o Jhonatan faleceu, eu fiquei a ‘Deus dará’. Eu perguntei: ‘Meu Deus, como é que eu vou fazer agora?’ Não tinha dinheiro para pagar a advogada, as crianças só estavam no nome do Jhonatan, o que eu ia fazer?", disse ao iG.

Antes de falecer, Jhonatan pediu para o marido não abandonar as crianças. "Eu prometi que não abandonaria, mas fiquei inseguro. Eu chorava. O Douglas, de 13 anos, me olhava e falava: ‘Você vai deixar a gente voltar para a Casa Lar?'", relembrou.

Após a morte de Jhonatan, a advogada Sâmoa Martins, que ajudou o casal a conseguir a guarda das crianças, procurou Daniel para ajudá-lo a conseguir a guarda provisória. No entanto, foi difícil convencer o juiz que "apesar de Jhonathan ter morrido antes do protocolo da adoção finalizar, Daniel já exercia essa vinculação, ou seja, ele já era pai das crianças", disse ela ao iG.

"Essa modalidade de adoção não é conhecida pelos juristas. Mas, é plenamente possível. Se é expressado pelo falecido antes da morte que tinha desejo de adotar aquela criança, ela deve sim ser protocolada pelo companheiro, e o nome do falecido deve estar na certidão pela expressão da vontade antes do falecimento", afirmou Sâmoa.

Em março, Daniel conseguiu incluir o nome dele e de Jhonatan na certidão de nascimento das crianças. O nome de Jhonatan aparece como adoção póstuma, quando o nome da pessoa é incluído na certidão após a morte.

"Prometi para o Jho que vou ver o nosso nome na certidão de nascimento das crianças, que era o que ele tanto sonhava. Agora, elas têm o nosso nome", disse em entrevista.

Daniel ainda contou que se emocionou ao chegar no cartório para pegar os documentos das crianças. "Peguei aquela certidão e chorei. Lembrei que a gente passou por momentos de luta, que a gente sofreu junto, que a gente pensou que não ia conseguir. Chorei no momento que olhei o papel, e quando vi o nome do Jhonatan senti a falta dele."

Agora, Daniel é o guardião legal das cinco crianças e tem todos os direitos de um pai. "Antes das certidões, eu me sentia muito desconfortável. Quando eu ia no hospital, ou se a gente fosse fazer alguma viagem, era uma burocracia, pois eles sempre pedem a certidão de nascimento e perguntam quem são os pais, e é muito chato isso para mim, já que as crianças não estavam com o meu nome nos documentos", contou.

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Fonte: Redação Nós
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