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Professor preso acusado de sequestro e roubo é solto após provar que estava dando aula no dia do crime

O advogado apresentou documento indicando que Clayton Ferreira estava em uma escola no bairro da Saúde, Zona Sul de São Paulo, a 200 quilômetros do local do incidente

19 abr 2024 - 09h27
(atualizado às 11h37)
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Clayton dos Santos é professor de educação física em escolas estaduais de São Paulo
Clayton dos Santos é professor de educação física em escolas estaduais de São Paulo
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal / Perfil Brasil

O professor de educação física, Clayton Ferreira Gomes dos Santos, foi libertado nesta quinta-feira (18) após ficar dois dias preso, acusado de sequestro e roubo.

O advogado de defesa do professor, Danilo Cavalcanti Reis Claudino, havia impetrado um habeas corpus, que foi concendido pelo desembargador do Tribunal de Justiça, Roberto Porto.

O advogado apresentou uma folha de ponto do professor, indicando que ele estava dando aulas na data do suposto crime, que teria ocorrido em 31 de outubro de 2023, na cidade de Iguape, litoral de São Paulo. O ponto, assinado pelo professor, é de uma escola no bairro da Saúde, Zona Sul de São Paulo, a 200 quilômetros do local do incidente.

Caso de racismo?

Santos afirmou que foi detido ao comparecer à delegacia para prestar depoimento, acreditando não ter feito nada de errado. Ele foi informado sobre o mandado de prisão durante o processo.

"De espontânea vontade como eu cheguei lá (na delegacia). E aí quando eu percebi mesmo que eu vi que tinha mais de seis policiais ao meu redor, né? Aí eu pude perceber da realidade o que estava acontecendo, né? Que aí ele falou que tinha um mandado de prisão contra a minha pessoa, né?", afirmou à CNN.

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O advogado explicou que o professor tinha sido vítima de furto anteriormente e foi à delegacia acreditando que era para tratar desse assunto. Ele foi surpreendido com o mandado de prisão temporária.

"Ele veio acreditando ser uma coisa, porque ele fez uma comunicação de ocorrência onde em que foi vítima de furto em data anterior. Ele veio achando que era isso e aqui fui surpreendido com esse mandado de prisão temporário", explicou.

No entendimento da defesa, o professor está passando por "constrangimento ilegal" por causa da "injusta prisão". A defesa do professor também destacou que o reconhecimento fotográfico como base para a detenção deve ser apoiado por outras evidências.

"Eu acredito que é mais um caso vinculado a preconceito racial e a falha do inquérito policial, que se limita a esse tipo de reconhecimento fotográfico, que é precário", disse Danilo ao g1.

O advogado afirmou não saber como a foto de Clayton foi parar no banco de imagens mostradas pela polícia à vítima, uma vez que "ele nunca teve passagens criminais anteriores". Danilo também suspeita da possibilidade de que alguém ainda não identificado possa ter usado a foto e documentos de seu cliente de maneira criminosa para prejudicá-lo.

O caso continua sob investigação pela Delegacia de Iguape.

Perfil Brasil
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