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Ativista indígena e cientista que descobriu a Ômicron estão entre mais influentes do mundo

Brasileiros foram listados pela Revista Times no seleto grupo de 100 pessoas mais influentes do mundo, que reúne ainda políticos e artistas

23 mai 2022 - 15h11
(atualizado em 24/5/2022 às 18h18)
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Sônia Guajajara
Sônia Guajajara
Foto: REUTERS/Nacho Doce

A ativista indígena Sônia Guajajara e o cientista brasileiro Tulio de Oliveira estão entre as 100 pessoas mais influentes do mundo em 2022. Oliveira foi indicado ao lado do virologista do Zimbabwe Sikhulile Moyo, diretor do laboratório de Referência de HIV de Botswana-Harvard, também responsável pela identificação da variante ômicron.

O ranking, elaborado pela Revista Time, foi divulgado nesta segunda-feira, 23. Os pesquisadores são responsáveis pelo sequenciamento da variante Ômicron do coronavírus na África do Sul. Oliveira, em particular, é diretor do Centro para Resposta a Epidemias e Inovação da África do Sul (Ceri) e também indentificou a variante a Beta, outra versão do Sars-CoV-2 achada no País africano.

"Cada geração tem pessoas que inspiram as gerações seguintes. Sikhulile e Tulio têm esse potencial para pessoas que trabalharão em saúde pública e genômica. Não vimos o fim de suas contribuições", diz o texto da revista sobre os cientistas.

Sônia Guajajara também está na lista

A ativista indígena Sônia Guajajara também representa o Brasil na lista das 100 pessoas mais influentes da Time. Assim como Oliveira, Sônia foi selecionada na categoria de 'Pioneiros'. Ela foi a primeira mulher indígena a concorrer a uma chapa presidencial no Brasil e atua como coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, na linha de frente da luta em defesa das terras indígenas brasileiras e pela preservação da floresta amazônica.

Sônia particou da COP26, criando um fundo de US$ 1,7 bilhão para povos indígenas e comunidades locais, e liderou protestos indígenas contra o projeto de lei 490/2007, que altera o Estatuto do Índio, permitindo demarcação de terras destinadas às populações originárias e atividade extrativa dentro das reservas indígenas. No texto assinado por Guilherme Boulos, a Time destaca que a ativista desafiou as estatísticas, conseguiu se formar na universidade e desde tenra idade ela lutou contra forças que tentam exterminar os povos originários. 

"Sônia resistiu e continua resistindo até hoje: contra o machismo, como mulher e feminista; contra o massacre de povos indígenas, como ativista; e contra o neoliberalismo, como socialista. Hoje, Sônia é uma inspiração, não só para mim, mas para milhões de brasileiros que sonham com um país que salda suas dívidas com o passado e finalmente acolhe o futuro", completa Boulos, que foi candidato à presidêcia em 2018 ao lado de Sônia, candidata a vice de sua chapa.

Estadão
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