Domingo, 12 de novembro de 2000, 23h23min
Atualizado à 02h32

O primeiro-ministro israelense Ehud Barak, criticando os líderes muçulmanos reunidos no Catar, afirmou este domingo em Washington que o confronto não é a maneira correta para resolver as disputas entre Israel e seus vizinhos árabes.

Barak falou à imprensa cerca de duas horas após se reunir com o presidente norte-americano Bill Clinton, com quem discutiu maneiras de por fim aos enfrentamentos entre israelenses e palestinos, que já duram seis semanas e que já deixaram cerca de 211 mortos até o momento.

Hoje, soldados israelenses mataram um adolescente e feriram cerca de outros 25 palestinos em choques na Faixa de Gaza.

A reunião entre Clinton e Barak, foi iniciada neste domingo, em Washington, às 19h local (22h Brasília). Barak, que chegou no final da tarde de hoje à base aérea militar de Andrews, na região de Washington, seguiu diretamente para a Casa Branca, sem fazer qualquer comentário sobre a reunião.

O encontro, previsto inicialmente para o início da tarde de ontem, foi adiado porque Barak decidiu retornar a Israel, quando já seguia em direção a Washington, para resolver o caso do avião da Dagestan Airlines desviado para Israel.

Clinton e Barak analisarão os meios para acabar com seis semanas de confrontos sangrentos entre israelenses e palestinos. A entrevista com Clinton "é um passo importante para acabar com o derramamento de sangue e voltar a mesa de negociações", disse à AFP o porta-voz de Barak, Gadi Baltiansky.

Na última quinta-feira, Clinton recebeu o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, que pediu ao líder norte-americano e as Nações Unidas a criação de uma força internacional para proteger os palestinos.

Esta iniciativa foi acolhida com reserva por parte dos Estados Unidos, que não pretende apoiar qualquer proposta rejeitada por Israel.

Na sexta-feira passada, Barak se declarou "pessimista sobre as possibilidades de relançamento do processo político após o encontro com Clinton".

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