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Por que não fizeram isso antes? por LUIZ FERNANDO DIAS* Cirurgia plástica O Mac OS 8 é a primeira versão do sistema desde o System 7.0 a trazer mudanças significativas no modo como os arquivos e pastas são visualizados pelo Finder. A metáfora de documentos dentro de pastas continua firme e forte. Mas agora as pastas podem virar botões, podem abrir sozinhas, existem cinco tipos de cursor diferentes e outras novidades responsáveis pelo grande impacto visual da nova versão. Você pode trocar a fonte dos menus de Chicago para uma tal de Charcoal, que é simplesmente uma versão modificada da Chicago, e nem de longe tão bonita como a Espy Sans, usada no Newton OS e pela famosa extensão Aaron. Todos os ícones genéricos passaram a ter uma aparência 3D especialmente as pastinhas, que ficam de pé em diagonal. As janelas e menus ganharam beiradas 3D e tons cinzentos. A apresentação do conteúdo das janelas pode ser modificado através de dois submenus do Finder: Preferences e View Options. A caixa de diálogo View Options assimilou os ajustes que antes eram feitos no painel de controle Views. Você pode deixar as janelas ra-dicalmente diferentes entre si, com ícones (grandes ou pequenos), botões (também grandes ou pequenos) ou na forma de listas (ordenadas por nome, data, tipo de arquivo etc.). Os botões são a grande inovação. Quando estão nessa forma, os itens são acionados com um clique só, como no Launcher ou no At Ease. Até mesmo o Desktop pode ser organizado por ícones, botões, mini-ícones ou mini-botões. Um recurso simpático é que as janelas em vista por ícones agora também podem se reordenar automaticamente, em ordem alfabética ou qualquer outra, do mesmo jeito a que estamos acostumados na visão por lista. Não custa lembrar que o Windows nunca aprendeu a reordenar os itens de uma janela automaticamente, coisa que o Mac faz desde sempre. A visão por lista também melhorou bastante. Agora existe um fundo cinza com divisões em branco acompanhando os itens, o que ajuda a visualização. Na parte superior da janela, os itens de classificação (nome, data de criação, data de modificação) viraram botões. As datas aparecem em forma relativa: "ontem" e "hoje" (anteontem e amanhã só no Mac OS 9...). Flechinhas rodando no canto esquerdo superior da janela indicam quando o Mac está rearranjando seus itens. Na nova caixa Preferences, você pode optar pelo Simple Finder (um Finder com menos comandos de menu, para quem está começando agora), e ajustar os Spring-Loaded Folders ("Pastas de Mola"). Este recurso permite várias coisas legais. Se você arrastar um arquivo para cima de uma pasta e segurá-lo por um breve tempo, ela se abre sozinha. Movendo o item para fora da janela, ela se fecha de volta. Enquanto não soltar o item, você pode navegar por todo o seu disco apenas segurando o botão do mouse. Outro truque é dar duplo clique numa pasta e manter o botão do mouse pressionado no segundo clique: o cursor vira uma lupa e as pastas se abrem sucessivamente, da mesma forma que ocorre ao arrastar um arquivo sobre elas. Outra mudança drástica: as Pop-Up Windows. Arrastando uma janela para a parte inferior da tela, ela se transforma em uma aba com apenas o nome da janela. Você dá um clique na aba e ela sobe como uma persiana, mostrando o conteúdo. Um clique dentro ou fora da janela, e ela volta a se esconder. Muito prático para trabalhar com várias janelas ao mesmo tempo. O único problema é que as abas ficam por trás das janelas dos aplicativos. Poderia haver uma opção para deixá-las sempre em primeiro plano, como a Control Strip. Quem sabe no 8.1É De mais a mais, nota-se que o Apple Guide passou oficialmente a se chamar Help e mudou-se para junto dos menus do lado esquerdo. Mão à palmatória O menu contextual é uma das funções mais úteis do novo Finder. Clicar em qualquer coisa com a tecla Control pressionada faz aparecer um menu que contém as principais funções relacionadas ao item. Quer dizer, em cada lugar você tem acesso às funções mais úteis para aquele item particular, sem precisar ir até a barra de menu no alto da tela ou digitar atalhos de teclado. O mais bacana é que o menu contextual funciona dentro de programas adaptados ao Mac OS 8. O menu contextual é a principal demonstração de que a Apple aprendeu com os erros do passado e não tem mais vergonha de copiar boas idéias que não tenham sido inventadas por ela mesma. Afinal, ele surgiu no Windows 95, dando finalmente uma função útil para aquele até então misterioso botão direito dos PCs. Outra merecida capitulação ao bom senso deu origem aos Sticky Menus (Menus Persistentes, todas essas traduções são não-oficiais) no Mac OS 8. Não é mais preciso segurar o botão do mouse para manter um menu abaixado. Um leve clique e ele fica aberto, reduzindo o esforço do usuário. É uma função que o Windows tem faz tempo, mas que está melhor implementada no Mac. Agora só falta implementar o Alt+Tab. Por enquanto, o único jeito dos macmaníacos alternarem os programa ativos através de comandos de teclado é usado um programa shareware, como o Program Switcher, que permite fazer isso teclando Command-Tab. | ||||||