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A história musical do Napster
RENATA AQUINO

Ouvir música em MP3 não é mais tão fácil, pelo menos não para quem tem o Napster. Os ataques de artistas, gravadoras e advogados tornam o programa tão controverso quanto as opiniões sobre uma grande banda de rock. Difícil também é manter-se situado, com todos os acontecimentos da história musical do Napster.

Faixa 1: Shawn, o criador

Shawn Fanning tem 19 anos e não quer ser CEO. O criador do Napster trabalha cerca de 20 horas por dia na empresa de 18 empregados de San Mateo, Califórnia. Fanning é engenheiro de software e quer permanecer assim. Tem ações da companhia mas preocupa-se o dia inteiro com os bugs do programa. Ele está projetando uma versão "oficial" do Napster para Mac e outra, comercial, para PC. Fanning deu algumas entrevistas antes do processo do Metallica mas sumiu de cena recentemente.

Faixa 2: RIAA, o algoz

A Recording Industry Association of America não gosta de novidades. Na primeira metade do século, o grupo representante das gravadoras americanas protestou contra o surgimento da fita de gravador de rolo. Algumas empresas chegaram a ser processadas. A RIAA não conseguiu barrar a tecnologia de reprodução caseira de LPs. Agora, o problema da RIAA é com a "cópia perfeita", as músicas em formato MP3. A organização tenta levar com igual fervor duas lutas: MP3.com e Napster. O caso MP3.com está fundamentado no Beam-It, um programa que permite criar um banco de dados de músicas para acessar por streaming. A briga com o Napster está mais no conceito do que na prática. O Napster facilita a troca de MP3 entre usuários, mas basta algum dos dois não ter o CD do que está trocando e configura-se a pirataria. Os termos de uso do Napster deixam claro que cada usuário é responsável pelo que faz, e pirataria é crime. Mas quem quer saber? O processo da RIAA x Napster está sendo mantido pelas gravadoras Seagram e Universal, principalmente.

Faixa 3: Metallica e congêneres

Vale a pena um artista brigar com parte de seus fãs? Por dinheiro, sim. Pelo menos é o que acham o Metallica e o Dr. Dre, clientes do advogado Howard King. Direitos autorais valem dinheiro e é isso o que esses artistas querem. Não são contra o formato MP3 ou a troca livre de suas músicas, mas acham que alguém deve pagá-los por isso. As emissoras de rádio e televisão pagam direitos autorais. O licenciamento de músicas para a Internet pode ser feito via RIAA ou direto com a gravadora de um artista. O argumento de Howard King é que o Napster deve pagar por seus usuários, mesmo que pague menos do que as emissoras de rádio e televisão. O MP3.com, após perder em primeira instância o processo da RIAA, tirou as maiores gravadoras do Beam-It. A empresa não quer correr o risco de ter que indenizar os artistas em US$ 150 mil por música.

O que chamou atenção para os clientes de Howard King foi a eloqüência da campanha anti-Napster. O baterista do Metallica, Lars Ulrich, disse que a troca de músicas no Napster comparava-se ao "tráfico de mercadorias roubadas", na parte mais educada de sua fala. Ninguém queria acreditar. A banda resolveu participar de um bate-papo no Yahoo! para falar ao vivo o que pensa. Os fãs criaram até um site para compensar financeiramente o Metallica para que deixe o Napster em paz. O Paylars.com aceita contribuições em cartão de crédito e dobrou a arrecadação de US$ 80 mil para US$ 160 mil no período de 1º de maio.

Já com Dr. Dre, o ritmo foi mais pesado. O rapper e produtor musical ameaçou primeiro e depois processou, o que rendeu bem mais publicidade. Dr. Dre foi o primeiro a declarar que iria perseguir também os usuários do Napster. O Metallica colheu mais de 300 mil nomes de estudantes, profissionais etc. para um processo. Se os artistas fizerem o que ameaçam, estarão por trás do primeiro processo em massa na era digital.

Howard King tem mais munição. Depois do Metallica e do Dr. Dre, o advogado já declarou ter outros clientes insatisfeitos. Goo Goo Dolls, Offspring e Smashing Pumpkins são alguns nomes. Apenas o Smashing Pumpkins já desequilibraria a balança contra o Napster de modo fatal. O público médio da banda tem mais músicas em MP3 do que em CD. King teve um duro revés com as recentes declarações do Offspring, cujos integrantes disseram nunca ter conhecido o advogado do Metallica e ser totalmente a favor do Napster. Billy Corgan, líder do Smashing Pumpkins também já se posicionou a favor do MP3.

Faixa 4: Educação é na universidade

O Metallica não quis levar o Napster sozinho. O processo culpava também as universidades americanas, onde o programa é mais usado, de pirataria. University of Southern California, Yale University e Indiana University foram as acusadas. A Indiana já tinha tentado proibir o programa. Os estudantes protestaram com passeatas. A Indiana anunciou que iria desenvolver junto com a Napster Inc. formas de impedir a pirataria e educar os usuários. Com o processo, decidiu banir definitivamente o Napster. A tradicional Yale também proibiu o programa. Apenas a USC veio a público declarar que não ia proibir pois o Napster "podia e não podia" ser usado para pirataria.

Faixa 5: Chuck D e Limp Bizkit

Fogo se responde com fogo. O Napster resolveu reagir contra a má publicidade proporcionada pelo Metallica e Dr. Dre. O Limp Bizkit é uma banda com mais de cinco anos de hard rock. O vocalista fala muito, principalmente em apoio ao Napster. A Napster Inc. gastará US$ 1,8 milhões patrocinando a turnê do Limp Bizkit em julho e agosto de 2000. Ironia das ironias, a gravadora de Limp Bizkit é a mesma do Dr. Dre.

Chuck D é o soldado da livre expressão do Public Enemy. O rapper já foi processado por "Banded in the USA" em 1990, uma crítica à sociedade americana e foi absolvido. O rapper lançará o Rapstation.com, um site com notícias e músicas de rap. Na inauguração, um concurso premiará a melhor música de apoio ao Napster. Sobre o Metallica, Chuck D acha que "algumas bandas são conduzidas por seus advogados".

Faixa 6: Enquanto isso, na porta dos fundos

Para não brigar com o Metallica, a Napster Inc. resolveu cortar os 317.377 usuários que a banda indicou serem piratas. O Napster foi ainda alterado para que os párias não pudessem se registrar novamente com outro nome de usuário. Quem quisesse voltar, teria de mandar um email para a Napster Inc. dizendo não ser pirata e ser vítima de um engano da turma de Lars Ulrich. Um usuário do Napster publicou no fórum do Napster.com uma receita bem mais interessante para ter o direito de usar o programa novamente. Seria assim:

1. Desinstale o programa e delete todas as chaves do registro do Windows que contém a palavra "Napster", isso se faz executando o regedi;

2. Procure o HKEY_LOCAL_MACHINE\Software\CLASSES\CLSID\{CAD8C813-1F34-1B3E-00CEAE43FF0AAD
} e anote o valor do número de ID.

3. Procure pelo número de ID e delete o que encontrar. Lembrando que isso se faz no registry.

4. Instale novamente o Napster e cadastre um novo usuário com e-mail e nome diferentes.

Faixa 7: Dolly vira Wrapster, ScourX, Imesh, Gnutella, SnipSnap e Cutemx

O Napster está em cena. Nos bastidores, se acotovelam os clones. Vários programas surgiram na esteira do sucesso do Napster tentando ter a mesma cara e o mesmo propósito ou um pouco mais de funções. O Wrapster usa até o mesmo ícone do Napster e serve para trocar qualquer tipo de arquivo, não apenas MP3. O ScourX é o programa do portal de entretenimento Scour.net. Gilberto Gil já ocupou o 5º lugar em troca de MP3 em um site no Scour.net, o Emusic. O Imesh tem como símbolo uma simpática joaninha, que morre quando o usuário fecha o programa. O Gnutella é o mais polêmico dos clones. Criado pelo programador de 21 anos Justin Frankel, o criador do Winamp, o programa foi proibido pela AOL/Time Warner, dona também da gravadora Warner Music. A AOL é dona da Nullsoft, empresa de Frankel. Apesar de ter durado pouco mais de um dia, o Gnutella já tinha se espalhado na Internet. E por ter código aberto, logo o programa foi adaptado para Linux e Mac. O Napster tem ainda os clones Rapster e Macster para Mac e Napster4Be para BeOS. O SnipSnap é o clone mais recente, serve para trocar apenas arquivos de imagem.

Faixa 8: O futuro incerto

Será o Napster absolvido de todas as acusações? Qual será o fim dessa cybernovela? Muitas perguntas sem resposta, até o fechamento dessa edição. O certo e líquido é a parceria Liquid Audio/BMG para comercializar músicas em formato digital. De olho nos números nada desprezíveis, a Sony e a EMI também pretendem ser importantes no mercado. As gravadoras concordam com os artistas: MP3 é ótimo. Mas quem vai pagar por isso? Quanto ao Metallica, parafraseando Chuck D, parece que alguns artistas são conduzidos pelo lucro de suas músicas.

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