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26/04/2000
REVOLUÇÃO A CAMINHO
Jaime Silva/Agência RBS

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MOTOROLA DÁ O PRIMEIRO PASSO
A introdução dos celulares de terceira geração (3G) no Brasil dependerá muito do tratamento que será dado ao Personal Communication System (PCS), a chamada Banda C da telefonia celular. O serviço deverá entrar em operação no final deste ano ou início de 2001 e, por permitir maior facilidade para transmissão de dados, servirá para testar a demanda por serviços mais sofisticados. O espectro em que a Banda C funcionará – 1,8 Ghz ou 1,9 Ghz – também será decisivo.

Em 1992, o Universal Mobile Telecommunications Systems (UMTS) – fórum internacional de telecomunicações – decidiu reservar a faixa de 1,9 Ghz só para a terceira geração. O diretor geral de informática e comunicações da Siemens do Brasil, Verner Dittmer, explica que o objetivo foi tentar uma padronização do serviço, para permitir o roaming global automático, ou seja, a possibilidade de manter o mesmo número de telefone em qualquer parte do mundo. A 3G necessita de uma banda mais larga para transmitir a maior quantidade de dados. Se o Brasil adotar o padrão de 1,9 Ghz não haverá espaço para a 3G nessa freqüência.

As empresas européias – vanguarda nesse tipo de tecnologia – só produzem celulares 3G em 1,9 Ghz. Isso implicaria o risco de não haver produtos disponíveis para o mercado brasileiro em um primeiro momento. Dittmer ressalta que os celulares 3G não são uma simples evolução em relação aos telefones de hoje, mas sim um verdadeiro “salto quântico” de tecnologia.

– Muitos países têm tratado a regulamentação do serviço como um assunto que envolve toda a economia nacional – reforça.

Nos Estados Unidos, o PCS funciona na freqüência na de 1,9 Ghz desde 1994 porque a faixa de 1,8 Ghz já estava saturada com o uso militar. Por isso, há pressão de muitos fabricantes como Motorola, Qualcomm e própria Ericsson para que o Brasil adote o padrão americano. Entre outros argumentos, as empresas alegam que o maior fluxo de ligações internacionais do Brasil é com os Estados Unidos, portanto seria mais lógico utilizar o mesmo padrão.

A oferta de celulares 3G que funcionem em uma freqüência diferente de 1,9 Ghz dependerá da procura do mercado americano por esse serviço. Por enquanto, não há data prevista para a entrada da terceira geração nos Estados Unidos. O gerente comercial de sistemas celulares da Nokia do Brasil, Rob Arita, explica que a telefonia móvel teve um crescimento mais modesto no mercado americano devido ao alto custo para o usuário:

– Lá, paga-se tanto as ligações feitas quanto as recebidas.

No Japão, os celulares 3G estarão disponíveis ao consumidor já no próximo ano. Na Europa, o novo produto deverá ser comercializado a partir de 2002. Juntas, as duas regiões concentram cerca de 60% dos quase 400 milhões de telefones celulares em funcionamento no mundo.

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