Quando se fala de DVDs regraváveis, a história é outra. Tanto o formato da DVD Forum, quanto o da DVD+RW Alliance, estão em marcha lenta. As duas opções ainda dão muito prejuízo para os usuários. Mídias e mídias são perdidas se a gravação não for feita com muito cuidado.
O problema todo se resume ao método de gravação do DVD. A mídia tem que ser "queimada" de uma forma em que o nível de reflexão do laser do aparelho leitor seja muito precisa. No caso, o CD que é lido em apenas um lado deve ter um retorno dos raios de luz na faixa dos 45 a 85%. Quando as informações são colocadas nas duas faces do disco, a proporção vai para 18 a 30%. Por menor que seja o desvio dessa faixa, já significa erro na leitura. Esta é a questão central para o formato RW.
Geralmente, tanto o DVD-RW, quanto o DVD+RW, patinam nessas proporções. A grande maioria dos gravadores acaba por não respeitar essas taxas para colocar mais dados na mídia. Não importa a marca do aparelho, o problema acontece.
Por hora, o mais recomendável é não utilizar nenhum tipo de RW para casos em que é necessário distribuir a mídia para os seus amigos ou clientes. Ele só pode ser utilizado em casos de back-up interno e ou fins semelhantes.
Afinal de contas, o bom DVD é aquele que funciona em qualquer lugar. Fazer um regravável é pedir dor de cabeça. Pelo menos por enquanto.
O preço de uma mídia de DVD perto de uma de CD comum é assustador. Um disco de “marca” do formato pode chegar aos seus R$ 80. Diferenças técnicas a parte, muitos usuários começam a cogitar a questão do combate a pirataria como justificativa a escalada dos valores cobrados.
De qualquer forma, a idéia foi totalmente descartada pelas produtoras de DVD. Segundo Rodrigo Pellicciari, gerente de produtos da Apple, o raciocínio não tem o menor fundamento. "O travamento antipirataria fica por conta dos softwares de autoria de DVD, não está relacionado com a mídia", disso ele.
Na opinião do executivo da Apple, o preços dos DVDs e até mesmo dos gravadores é diretamente proporcional a guinada do dólar no último semestre de 2002. Fora o fato que o conceito de gravar mídias do gênero ainda está “muito cru”. "A tendência é baixar o preço. Será questão de dois anos no máximo para o preço melhorar muito", completou Rodrigo.