JAVA COMO PRIMEIRA LINGUAGEM
Carlos Eduardo Witte
Java está em todo lugar... nas revistas e suplementos de informática dos jornais, nas notícias quentes sobre tecnologia na Internet, nos sites a torto e a direito e ultimamente até nos microondas, geladeiras e eletrodomésticos em geral graças ao hit do momento, a tecnologia Jini.
E todo mundo aposta alto na idéia. Praticamente todas as empresas de porte do mundo da informática têm produtos voltados para a linguagem. Só para citar algumas: IBM, Apple, Inprise (ex-Borland), Oracle, Sybase, Symantec e até a poderosa Microsoft, a qual - dizem - morre de medo que Java seja a verdadeira ameaça à hegemonia da plataforma Windows.
É claro que todo esse ba-fa-fá em torno da linguagem somado ao marketing pesado da Sun acabou atraindo o interesse de muita gente, em especial os desenvolvedores de software que chegam aos milhares ao caminho da nova Meca. E entre eles pessoas como eu, marinheiros de primeira viagem.
Java foi a primeira linguagem de programação que aprendi. Em parte, atraído por todo o hype em torno da coisa e principalmente por uma declaração de James Gosling (o homem por trás da coisa na Sun), dizendo que Java é uma linguagem fácil de aprender e que o programador seria produtivo após pouco tempo de aprendizado. O problema é que hoje percebo que ele não estava falando exatamente com tipos como eu, mas sim para programadores com certa experiência na linguagem C++.
Eu levei certamente mais de um ano para me sentir confiante ao programar em Java e posso dizer que tive várias experiências frustantes com livros e treinamento. Depois de um bom tempo me sentindo ignorante, descobri que outras pessoas - inclusive alguns programadores experientes - passaram pelas mesmas dificuldades. O meu objetivo nesse artigo é tentar evitar que você, leitor, um potencial "Java Man", não passe pelas mesmas agrúrias. Aprender é trabalhoso e leva tempo, portanto paciência.
» Aprendendo Java de graça »