|
A INVENÇÃO DA CHAVE PÚBLICA
Luciano Ramalho
Em 1976, os cientistas americanos Whitfield Diffie e Martin Hellman criaram uma nova modalidade de troca de mensagens cifradas: a criptografia de chave pública ou "public-key cryptography". A grande inovação foi o uso de duas chaves. Uma delas, chamada chave pública, é usada a usada para cifrar as mensagens, e a outra, a chave privada, serve para decifrá-las. Essa comunicação pode ser esquematizada assim:

Podemos comparar esse sistema a uma caixa de coleta do correio: qualquer pessoa pode colocar uma carta na caixa de coleta. Da mesma forma, qualquer pessoa pode cifrar uma mensagem usando a chave pública de alguém. Mas, somente o carteiro tem a chave que permite retirar cartas da caixa de coleta. E uma mensagem cifrada só pode ser lida por quem possui a chave privada associada àquela chave pública que foi usada para cifrar a mensagem.
A característica mais importante desse esquema é que a chave privada dos usuários não precisa circular, e portanto a tal maleta com algemas deixa de ser necessária.
Como funciona
| Teoria |
Exemplo |
|
Em um sistema de chave pública, a chave utilizada para
cifrar uma mensagem não pode ser usada para decifrá-la. Uma segunda
chave é necessária para tanto. Por isso as chaves são sempre criadas em
pares.
|
Alice tem um par de chaves, A1 e A2. Para cifrar o arquivo de seu
diário, ela utiliza a chave A1. Para decifrá-lo depois ela terá que
usar a chave A2. Nesse caso A1 é a chave pública e A2 é a chave
privada.
|
|
Cada usuário possui seu par de chaves. A chave privada é usada para
decifrar mensagens recebidas. Por isso essa chave é protegida por uma
senha secreta. A chave pública de outra pessoa é usada quando se envia
mensagens cifradas para ela. |
Se Bruno quer enviar uma mensagem cifrada para Alice, ele utiliza a
chave pública dela (A1) para cifrá-la. Uma vez cifrada dessa forma a
mensagem só poderá ser lida por Alice, que para isso utilizará sua
chave privada, A2.
|
» Comércio eletrônico e outras aplicações »
Copyright © 1999 MAGNET
|