Conheça cinco linguagens de programação para se tornar criador de games
Especialista em programação e robótica destaca as linguagens que ajudam a começar na produção de games
Para celebrar o Dia do Gamer nesta sexta (29), a Ctrl+Play, rede de escolas de tecnologia e programação para crianças e adolescentes pertencente ao Grupo CNA+, destacou cinco linguagens de programação que ajudam jovens a darem os primeiros passos como criadores de games.
“A curiosidade em entender como os jogos são feitos é o ponto de partida ideal para ensinar lógica, criatividade e resolução de problemas. Cada fase vencida é um estímulo ao raciocínio, e isso pode ser aproveitado na formação de futuros profissionais da tecnologia”, afirmou Henrique Nóbrega, especialista em programação e robótica e fundador da Ctrl+Play.
Confira as linguagens e as explicações sobre cada uma delas, fornecidas por Nóbrega:
Scratch – A linguagem visual para os pequenos criadores
Voltado para crianças a partir dos 7 anos, o Scratch apresenta a programação de forma lúdica, por meio de blocos visuais que simulam comandos. Os alunos desenvolvem jogos, histórias interativas e aprendem lógica de programação sem precisar digitar código.
Exemplos: A própria plataforma Scratch, do MIT, abriga milhares de jogos criados por crianças, como Maze Game, Space Shooter e Catch the Cat, feitos por usuários com pouca ou nenhuma experiência anterior.
Python – Simples e poderosa para iniciantes
A Python é uma linguagem acessível e usada no mercado profissional. Com ela, os alunos criam jogos 2D e projetos que envolvem lógica, estruturas condicionais e interatividade, tudo com uma sintaxe amigável e didática.
Exemplos: Jogos como Frets on Fire (inspirado em Guitar Hero) usam Python em partes de sua estrutura. Além disso, a biblioteca Pygame, muito utilizada em projetos educacionais, é baseada em Python.
C# – Para criar jogos com Unity
Já a C# é a linguagem usada dentro da Unity, uma das plataformas mais populares para o desenvolvimento de jogos 2D e 3D. Com ela, os adolescentes aprendem a programar projetos mais complexos, com movimentação de personagens, pontuação, colisões e outros elementos de jogabilidade.
Exemplos: Jogos famosos como Hollow Knight, Cuphead, Monument Valley e Among Us foram criados com Unity e programados, total ou parcialmente, em C#.
JavaScript – A linguagem da web em trilhas complementares
É uma linguagem útil para quem quer experimentar a criação de jogos leves que rodam diretamente no navegador.
Para esse fim, geralmente são utilizados frameworks como Phaser ou Three.js, que facilitam o desenvolvimento e ampliam as possibilidades de criação. Mais do que apenas jogar, crianças e adolescentes aprendem a criar seus próprios jogos e desenvolver habilidades que vão muito além da tela.
“Mais do que aprender a programar, o estudo tecnológico forma jovens que podem se tornar protagonistas em um mundo que está em constante evolução. O game, que antes era apenas entretenimento, pode ser o primeiro passo de uma jornada profissional”, completou Nóbrega.
Exemplos: Jogos como 2048, Flappy Bird (versões web) e HexGL foram desenvolvidos com JavaScript e podem rodar sem necessidade de instalação, direto do browser.
Lua – A linguagem por trás do Roblox
Além das linguagens já mencionadas, a Ctrl+Play oferece cursos voltados ao desenvolvimento de jogos na plataforma Roblox. Um exemplo é o Roblox Summer Camp, no qual os alunos utilizam o Roblox Studio para programar em Lua — a linguagem de script usada na plataforma. A proposta une lógica de programação, criatividade e design interativo, permitindo que os jovens criem e publiquem seus próprios mundos digitais.
Exemplos: Jogos populares como Brookhaven, Adopt Me! e Tower of Hell foram desenvolvidos com scripts em Lua e publicados na própria plataforma, mostrando o potencial criativo e de alcance que ela oferece para novos desenvolvedores.