'Cada vez mais blindado': Filipe Toledo volta ao Brasil e projeta circuito mundial em 2026
Surfista de 30 anos descreve processo de fortalecimento psicológico e diz estar vivendo o 'melhor momento da vida'
Filipe Toledo está de volta ao Brasil. Depois de passar 11 anos morando na Califórnia, nos Estados Unidos, o surfista retornou ao país para dar sequência na carreira e receber o calor do público. Ele agora reside no Rio de Janeiro. No sábado, 22, entretanto, o bicampeão mundial esteve na Praia de Ulé, em Guarapari (ES), para prestigiar o Qualifying Series (QS) da World Surf League (WSL), que acontece pela primeira vez no estado. Entre abraços, fotos e vídeos com fãs, ele conversou com o Terra.
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Filipinho se afastou do Circuito Mundial da WSL no início de 2024 para tratar da saúde mental. Ele retornou no início de 2025 a partir de um wildcard (convite), venceu a etapa em Burleigh Heads, na Austrália, e terminou a temporada na oitava posição. "Acho que fiz um bom trabalho. Consegui ganhar um evento que não tava nem nos meus objetivos, terminar no top 10 é sempre importante", analisou.
Para 2026, Toledo garante estar preparado para seguir disputando o circuito em alto nível. Mantendo o cuidado permanente sobre o aspecto mental, ele atravessa o que descreve como o 'melhor momento da vida' e deseja estender essa fase por muito tempo.
"É uma manutenção que a gente vai fazendo ao longo do ano, ao longo da vida. Você aumenta sessões (de terapia), diminui sessões... então, assim, quanto mais você se prepara, mais forte você fica, e é o que eu tenho feito. Estou no melhor momento da minha vida, estou curtindo bastante minha família, e meus amigos. Agora é me preparar e ficar cada vez mais blindado", projetou o surfista de 30 anos.
Natural de Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo, e ídolo da nova geração, Filipe mostrou-se contente ao ver a multidão que compareceu para assistir aos confrontos do QS no Espírito Santo. O cenário o transportou ao passado, quando era jovem e sonhava em surfar as mesmas ondas de expoentes mundiais da modalidade.
"Cheguei na praia e vi muita criança, a galera toda, todo mundo com prancha. Essa era a minha infância, Eu ficava na praia vendo campeonato de nível mundial, assistindo aos meus ídolos dentro d 'água e isso me fez querer ser um surfista profissional", lembrou, para na sequência eleger a praia mais marcante em seus tempos de menino.
"Itamambuca, lá em Ubatuba. Um dos lugares onde mais tive interações com os meus ídolos da época, que eu acompanhava e via eles de perto. Eu falava: 'cara, um dia eu quero estar num evento desses, um dia eu quero competir'. Então, assim, Ubatuba é o berço, a minha casinha", completou.
