Presidente do São Paulo confirma Crespo em 2026 e responde se irá renunciar ao cargo
Dirigente deu entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, 28, no SuperCT
O presidente do São Paulo, Julio Casares, confirmou Hernán Crespo como técnico em 2026, anunciou mudanças no departamento de futebol e reafirmou sua permanência no cargo apesar da pressão política e pedido de impeachment por um grupo de conselheiros.
O presidente do São Paulo, Julio Casares, fez suas primeiras manifestações após a goleada sofrida contra o Fluminense. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 28, o dirigente confirmou a permanência do treinador Hernán Crespo em 2026 e falou sobre a continuidade do seu mandato após o vexame.
- Está no Tiktok? O Terra Esportes chegou por lá para te manter informado de um jeito diferente e divertido. Siga nosso perfil, curta e compartilhe!
Casares abriu a coletiva com comentários sobre a derrota do Tricolor Paulista nesta quinta-feira, 27, no Maracanã, e também falou sobre a saída do agora ex-diretor de futebol, Carlos Belmonte, e outros dois dirigentes.
O presidente destacou que as saídas já estavam no planejamento do clube e apenas foram adiantadas: "Estou aqui hoje muito triste, um momento desastroso no jogo de ontem. As mudanças foram necessárias, estávamos prevendo mudanças após o Brasileirão e tivemos que antecipar o processo".
Segundo Casares, o departamento de futebol do clube permanecerá sob responsabilidade do diretor executivo Rui Costa e do coordenador Muricy Ramalho. Ele também afirmou contar com Crespo para a próxima temporada.
"Contamos com Hernán Crespo, ele participa do planejamento de 2026, reuniões periódicas vem acontecendo", destacou.
Diante de um cenário de instabilidade interna -- amplificado após um grupo de conselheiros iniciar a coleta de assinaturas para um pedido de impeachment de Casares --, o presidente também foi questionado sobre sua permanência no São Paulo e justificou:
"Eu me sinto parte integrante desse momento, a responsabilidade é coletiva, da presidência, da diretoria, da comissão técnica e dos atletas. Eu tenho um mandato, acho normal a oposição fazer uma colocação política em um processo democrático, hoje recebi apoios de membros da situação, e tenho caminhos, porque tudo indica que faremos um belo balanço financeiro, o que nos dá uma envergadura para ter um ano de 2026 como já foi no passado, com competitividade".
Casares também analisou o desabafo feito pelo meia Luiz Gustavo durante a entrevista pós-jogo que se deu após a derrota diante do Fluminense.
"Eu vejo com normalidade a frustração do Luiz, que é a nossa frustração. É um grande profissional e acredito que a mensagem que mais tocou foi a mensagem que ele não apontou A, B ou C, é uma questão coletiva. Nessa questão de erros coletivos está o presidente, está a diretoria de futebol, a comissão técnica e os atletas. Mas agora é olhar para frente e esperar que tudo que acontece temos uma reflexão a fazer", afirmou.
Goleada gera repercussão interna no São Paulo
A goleada sofrida contra o Fluminense abalou as estruturas do clube paulista. Na manhã desta sexta-feira, Carlos Belmonte comunicou que está deixando o cargo de diretor de futebol do clube.
Pouco depois do início da mobilização política, o São Paulo divulgou uma nota oficial confirmando mudanças estruturais no departamento de futebol. Além dele, Chapecó e Nelsinho também caíram.
"O São Paulo Futebol Clube informa que Carlos Belmonte Sobrinho, Nelson Marques Ferreira e Fernando Bracalle Ambrogi deixam de ter suas atribuições no departamento de futebol. O executivo Rui Costa e o coordenador Muricy Ramalho seguem no comando do futebol e planejamento para 2026", diz o comunicado.
A crise, no entanto, não se restringe ao departamento de futebol. Afinal, também nesta sexta, um grupo de conselheiros de oposição iniciou a coleta de assinaturas para apresentar ao Conselho Deliberativo um pedido de impeachment do presidente Julio Casares.
Carlos Belmonte e Júlio Casares já viviam um racha político nas últimas semanas. O diretor discordava de algumas ações do presidente do São Paulo e criticava outras atitudes. Os dois, que costumavam trabalhar no mesmo ambiente, estavam evitando frequentar os mesmos lugares e até mesmos não comparecerem juntos nas partidas do Tricolor.
Assim, com Belmonte fora, o clube inicia mais um rearranjo interno em meio à turbulência provocada pelo desempenho recente. Além disso, vê aumentar a pressão política que ganha força na reta final da temporada.
