Santos resiste à Europa e segura trio titular para tentar 'ir além' em 2015
Há exatos dois meses, o Santos lamentava perder Robinho, que foi jogar na China após acabar seu contrato com o clube. Hoje, porém, o Peixe já tem o que comemorar. Mesmo precisando de dinheiro para sanar as profundas dificuldades financeiras que vive, a diretoria santista se vangloria de ter resistido às altas propostas da Europa por suas principais joias do ataque: Geuvânio, Lucas Lima e Gabigol, que nesta segunda-feira anunciou que fica.
O primeiro a dar trabalho para Modesto Roma Júnior e companhia foi Lucas Lima, hoje servindo à Seleção Brasileira. O meia despertou interesse do Porto (POR), que logo no começo da janela de transferências ofereceu 10 milhões de euros (cerca de R$ 30 milhões) pelo armador.
Neste caso, tanto o clube quanto o jogador quiseram que a negociação não desse certo, embora o camisa 20 tenha demorado um pouco mais para se convencer e até trocado de empresário no período. Depois disso, quando tudo parecia calmo e a prioridade era se recuperar na tabela do Brasileirão, para se afastar da zona de rebaixamento, o Fenerbahce, da Turquia, chegou disposto para desfalcar o ataque titular do Alvinegro.
Primeiro, Geuvânio foi a bola da vez, mas o próprio garoto recusou antes da oferta chegar à mesa do presidente. Depois, 10 milhões de euros (R$ 40 milhões) foram oferecidos em troca de seu camisa 10, Gabigol.
A rejeição por parte do garoto se justificou no futuro e na história que ele quer construir. Está aí mais um motivo para o Santos comemorar.
– Não é o momento de se desfazer do elenco. São jogadores que têm oportunidade de serem envolvidos em transações. O momento não é agora – resumiu o superintendente de esportes, Dagoberto dos Santos.
Na opinião de um dos líderes do elenco, a permanência do trio que move o time é questão de sobrevivência para continuar vencendo.
– Manter os jogadores é importante para tentar ir além. Seria complicado o contrário, e vemos o São Paulo, que perdeu jogadores e podia brigar mais em cima. Quando se tem um grupo e perde peças, dificulta. Esses jogadores vão nos ajudar e ainda podem jogar na Europa na frente – analisou Renato.
