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Protocolo do Vasco revela que isolamento social segue necessário; estudo citado gerou polêmica

Jogadores do elenco profissional vão passar por avaliações em São Januário, mas sob rigorosas normas. Pesquisa que inspira o clube foi tirada de contexto contra o isolamento

1 jun 2020 - 07h34
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A reapresentação do Vasco para avaliações físicas, marcada para esta segunda-feira, será cercada de cuidados em São Januário. Um rigoroso protocolo em meio à pandemia de COVID-19. Mas estes mesmos muitos detalhes e a polêmica em torno de um estudo no qual o clube se inspira revelam que a população deve seguir preocupada e evitando aglomerações.

Vasco aplicou testes de COVID-19 nos atletas em duas etapas nas últimas semanas (Foto: Fabiano Lunz/Futebol CRVG)
Vasco aplicou testes de COVID-19 nos atletas em duas etapas nas últimas semanas (Foto: Fabiano Lunz/Futebol CRVG)
Foto: Lance!

Os jogadores vão chegar a São Januário em horários pré-determinados, em períodos intervalados, vão estacionar seus respectivos carros em locais pré-estabelecidos e vão seguir um roteiro, no clube, planejado para que seja evitado contato. Todo cuidado é pouco.

Desde o início da crise sanitária mundial, as discussões entre órgãos atentos ao controle da curva de casos e as instituições focadas nas atividades econômicas têm sido ásperas. No futebol do Estado do Rio não têm sido diferente. Vasco e Flamengo são os clubes grandes mais apressados para o retorno possível. Por outro lado, até o Conselho Regional de Medicina (Cremerj) entrou no circuito.

Como se fosse pouco, o combate às notícias falsas se faz necessário também neste momento. Durante o vídeo divulgado no último domingo, no qual explica os procedimentos adotados e justifica a retomada de atividades presenciais, o Vasco cita um estudo americano: 63% das pessoas internadas em hospitais por contaminação de COVID-19 estavam em casa.

O estudo é verdadeiro, e diz respeito às contaminações no Estado de Nova York (EUA). A polêmica em torno desta pesquisa se deu no início do mês de maio, quando o governador da principal cidade estadunidense, Andrew Cuomo, usou de uma entrevista coletiva para falar de tais dados.

O problema é que as informações foram tiradas de contexto. Tanto no lado de cima do continente quanto no Brasil, o vídeo de Cuomo foi cortado e divulgado com textos que levam a crer que o isolamento social não se faz mais necessário. À época, esta pauta foi alvo de agências de checagem de dados.

Até o último domingo, 31 de maio, já foram mais de 5,9 milhões de casos confirmados do novo coronavírus em todo o mundo, sendo cerca de 370 mil mortes e, aproximadamente, 2,6 milhões de recuperados. O Brasil já passou de 500 mil casos e 29 mil mortes.

A cidade do Rio tem mais de 29 mil casos confirmados, com 3.578 mortes pelo COVID-19. Já o Estado Rio já passa de 53 mil casos confirmados e 5.300 mortes. Estão curados, oficialmente, quase 39 mil pacientes. No Estados Unidos, país com mais casos no planeta, são mais de 1,8 milhão de infectados. No Estado de Nova York, berço da polêmica supracitada, são quase 360 mil casos confirmados e mais de 23 mil pessoas mortas pelo vírus.

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