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Tombamento enterra ideia de aumentar numeradas do Morumbi

Fachada e arquibancadas têm de ser preservadas

13 dez 2018 - 07h03
(atualizado às 08h17)
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O São Paulo recebeu há alguns dias uma carta da Prefeitura de São Paulo informando que o tombamento do Morumbi foi aprovado e está em processo de homologação. O estádio passará a ser considerado uma zona especial de preservação cultural, assim como outras obras do arquiteto Vilanova Artigas.

Isso deve inviabilizar mudanças radicais na fachada do estádio e na estrutura das arquibancadas, como, por exemplo, a antiga ideia de eliminar o setor inferior e aproximar as numeradas do gramado.

Projeto antigo de 'esticar' as numeradas não poderá ser executado
Projeto antigo de 'esticar' as numeradas não poderá ser executado
Foto: Divulgação/SPFC / LANCE!

"Essa não existe mais. O estádio foi tombado. Há duas semanas, veio o documento de tombamento. As pessoas não entendem o que foi tombado. O que foi tombado é o projeto de arquitetura do Vilanova Artigas. Quando você tomba o projeto dele, você não mexe mais nesse processo de numeradas e nem na fachada. Para conseguir isso, seria uma briga desgraçada, e não acredito que conseguiria. O Pacaembu não conseguiu", disse o diretor de infraestrutura do clube, Eduardo Rebouças, ao LANCE!, antes de minimizar a ideia de aproximar o público do campo.

"Isso apareceu uma vez, na época da Copa do Mundo, quando o Juvenal entrou nessa. Esse projeto eu não me lembro de ter visto no Conselho. Tem muito conselheiro que fala para não mexer. Muita gente fala 'sim', mas muita gente fala 'não'. Eu sou partidário do 'não'. Frequento a arquibancada desde os dez anos e conheço muito bem o Morumbi".

O clube ainda aguarda a homologação para saber exatamente quais serão as restrições a partir de agora, mas já foi informado de que qualquer projeto ou intervenção, incluindo pequenos reparos, deverá ser previamente analisado e aprovado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo).

Rebouças acredita que a instalação de uma cobertura no estádio não seria vetada, mas salienta que essa não é uma prioridade do São Paulo neste momento devido ao custo elevado.

"O investimento é de R$ 150 milhões, você acha que vale a pena? É jogar dinheiro pela janela. Com a cobertura, você mexeria no projeto de arquitetura, mas não tanto. Acho que daria conversa com o pessoal que tombou, essa possibilidade existe, mas puxar a numerada, não. Puxando a numerada estou alterando o projeto. De qualquer forma, acho que a cobertura não é fundamental, temos outros investimentos para fazer".

O São Paulo está fazendo algumas reformas no Morumbi para 2019, ano em que o estádio receberá jogos da Copa América. O LANCE! mostrará detalhes das modificações que serão feitas nos próximos dias. O tombamento não interfere nesses trabalhos.

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