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Médico da Rússia confirma que atletas inalaram amônia na Copa

Apesar da confirmação, Eduard Bezuglov reiterou que a prática não é considerada doping

9 jul 2018 - 16h06
(atualizado às 16h09)
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Após os jornais alemães "Süddeutsche Zeitung" e "Bild" publicarem reportagens em que jogadores da seleção russa aparecem cheirando amônia nas partidas contra Espanha e Croácia, o médico que acompanha a delegação, Eduard Bezuglov, confirmou o uso da substância por alguns atletas, com a finalidade de melhorar o desempenho em campo.

Jogadores da Rússia foram vistos inalando amônia nas partidas contra Espanha e Croácia (Foto: Reprodução/Bild)
Jogadores da Rússia foram vistos inalando amônia nas partidas contra Espanha e Croácia (Foto: Reprodução/Bild)
Foto: Lance!

- É um simples amoníaco com o qual as pessoas molham o algodão e depois inalam. Vários atletas fazem isso para ganharem ânimo. Isso é usado há décadas - disse ao jornal "Sport Express".

Apesar da confissão, Bezuglov reiterou que amônia não faz parte da lista de substâncias proíbidas da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês).

- Você pode comprar amoníaco e algodão em qualquer farmácia. Isso não tem nada a ver com doping.

A inalação de amônia causa a dilatação dos pulmões e da cavidade nasal e aumenta o fluxo sanguíneo e a velocidade da vascularização cerebral, prática que, de acordo com o médico Eduard Bezuglov, é comum entre atletas.

- Não é usado somente no esporte, mas na vida cotidiana das pessoas quando alguém perde a consciência ou se sente fraco - concluiu o médico.

À "Folha de S. Paulo", o especialista em doping e presidente da comissão de laboratórios da Wada entre 2005 e 2009, Luis Horta, afirmou desconhecer que a substância melhore o rendimento dos atletas.

- Eu mesmo já vi diversos halterofilistas cheirarem amoníaco antes de irem ao tablado levantar o peso. Desconheço que haja aumento de rendimento esportivo. A Wada também entende assim no momento. Pode ser que depois desse caso façam alguma revisão, mas até agora nada tem de ilegal - concluiu.

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