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Martine e Kahena querem adaptar peso às condições da raia de Tóquio

Após oito meses separadas, campeãs olímpicas disputarão o Mundial de classes olímpicas na Dinamarca, em busca de vaga para o país nos Jogos. E os quilos a mais podem ser trunfo

26 jul 2018 - 08h08
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Oito meses de "separação" resultaram em novas Martine Grael e Kahena Kunze. Mais experientes, relaxadas e com alguns quilos a mais, elas estão prontas para retomar a rotina da classe 49erFX, pela qual conquistaram o ouro nos Jogos Olímpicos Rio-2016. O primeiro compromisso será o Campeonato Mundial em Aarhus, na Dinamarca, entre 30 de julho e 12 de agosto.

Martine Grael e Kahena Kunze estão de volta às competições de 49erFX
Martine Grael e Kahena Kunze estão de volta às competições de 49erFX
Foto: Divulação / Lance!

Se resgatar a preparação física é prioridade, a questão do peso pode ser adaptada. Martine vem de um período intenso na Volvo Ocean Race, regata que dá a volta ao mundo, enquanto Kahena se dedicou à faculdade de Engenharia Ambiental. Elas não competem juntas desde o Mundial de 49erFX, em 2017, quando ficaram com o vice-campeonato.

Como Tóquio reserva condições bem diferentes do que se viu na capital fluminense em 2016, com ventos fortes, as velejadoras acreditam que ganhar peso pode até ser fator positivo na busca pelo bi. No Rio, Martine tinha 62kg, e Kahena, 68kg. No momento, elas não traçam meta e esperam tomar conhecimento da raia asiática para definir as medidas ideais com sua equipe.

- Queremos ver como vai ser em Tóquio. Se acharmos que é uma raia que geralmente dá mais vento, valerá a pena manter. Eu ganhei dois quilos, que seriam fáceis de perder. Mas, se não for necessário, manterei - disse Martine, que procurou fazer exercícios de prevenção de lesões nas paradas da Volvo.

As velejadoras embarcarão para Tóquio logo após o Mundial e ficarão um mês no país, onde disputarão duas competições, entre elas o evento-teste da vela para os Jogos. Será uma chance para se ambientarem às condições do local.

Kahena usou o período sem competir para recuperar o corpo das lesões. Ela até chegou a fazer treinamentos de 49erFX com Martine durante algumas paradas da Volvo, mas a rotina de academia ficou de lado. O objetivo, agora, é voltar aos poucos e evitar um impacto negativo ao corpo.

- Meu alto rendimento caiu, pois eu estava 100% focada nos estudos. Eu me preocupei, mas, ao mesmo tempo, sabia que seria questão de tempo para recuperar. Sou uma pessoa ativa e não consigo ficar parada, mas não fiquei tanto em academia. Pratiquei os esportes que gosto, senão eu ia surtar estudando. Mas voltei ao meu foco - contou Kahena.Felicidade ao voltar a comer bem

Uma das maiores realizações de Martine ao concluir a Volvo foi reencontrar as comidas que mais gosta. Nos oito meses da disputa, a bordo do Team Akzonobel, a alimentação ficava longe das preferências da brasileira.

- Teve quatro dias seguidos em que dormi umas dez horas seguidas (risos). Também voltei a comer bem. Quando nos reencontramos, ficamos em uma casa cozinhando, e o lanche que levamos para comer no clube era de casa. No barco, comemos muito mal as comidas têm muito açúcar. Agora, voltei a cuidar da parte física e ir à academia - disse Martine.

As regatas de 49erFX no Mundial começam no dia 4 de agosto. A competição reúne as dez classes do programa dos Jogos de Tóquio-2020. Serão 1.500 atletas em 1.100 barcos de cerca de 100 países.

Além das medalhas, estarão em jogo as primeiras vagas dos países para os Jogos de Tóquio. Na 49erFX, as oito nações mais bem colocadas se classificam.

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