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Lava-Jato apura compra de votos para eleição olímpica do Rio. Nuzman é intimado e vai depor

Ação chamada de "Jogo Sujo" também cumpre mandados de prisão contra empresários

5 set 2017 - 07h48
(atualizado às 08h59)
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A Lava-Jato chegou, nesta terça-feira, ao presidente do Comitê Olímpico do Brasil. A força-tarefa investiga compra de votos para a eleição do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016 e faz uma ação de busca e apreensão na casa de Carlos Arthur Nuzman.

Nuzman comanda o COB e foi presidente também do Comitê Rio-2016 (foto:Heitor Vilela/COB)
Nuzman comanda o COB e foi presidente também do Comitê Rio-2016 (foto:Heitor Vilela/COB)
Foto: Lance!

O Ministério Público diz que existe "forte indício" de que Nuzman "interligou corruptos e corruptores" para compra de votos de integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Os policias chegaram na casa do presidente do COB por volta das 6h da manhã. Pouco depois advogados de Nuzman entraram na residência.

Além do mandato de busca e apreensão na casa de Nuzman, a polícia também procura documentos na sede do COB e do Comitê Rio-2016, que também era presidido por ele. Nuzman também foi intimidado a depor nesta tarde na sede da Polícia Federal. Ele também deverá entregar o passaporte para as autoridades.

A operação, que recebeu o nome de "unfair play" (Jogo Sujo), também cumpre mandado de prisão preventiva contra o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como o rei Arthur, e sua sócia Eliane Pereira Cavalcante. Eles são acusados de lavar parte do dinheiro do esquema criminoso no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, além de contas nos Estados Unidos e Antigua e Barbuda.

De acordo com as investigações, Menezes transferiu cerca de 2 milhões de dólares para Papa Diack, filho de Lamine Diack, então presidente da Federação Internacional de Atletismo. Esse seria um dos votos comprados para que o Rio fosse escolhido como sede olímpica. Da mesma conta saíram mais de 10 milhões de reais para o então governador Sérgio Cabral, que está preso após a operação Calicute, dias antes da escolha do Brasil, em setembro de 2009.

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