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Goleada do PSG no Camp Nou é apenas um detalhe na crise do Barcelona

Derrota por 4 a 1 em partida de ida das oitavas de final da Champions League coloca uma lanterna na crise da equipe catalã

17 fev 2021 - 08h03
(atualizado às 08h03)
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(Foto: LLUIS GENE / AFP)
(Foto: LLUIS GENE / AFP)
Foto: Lance!

O Barcelona enfrentou mais um duro golpe na Champions League. Nesta terça-feira, a equipe catalã sofreu uma goleada por 4 a 1 para o Paris Saint-Germain no Camp Nou, colocando a crise vivida pelo Barça nos holofotes do futebol mundial.

A vitória do Paris Saint-Germain por 4 a 1 sobre o Barcelona em pleno Camp Nou mostrou que a crise vivida pela equipe catalã está longe de acabar. Após seguidas eliminações marcadas por viradas e goleadas, a derrota desta terça-feira mostra mais uma vez como o Barça enfrenta diversos problemas.

Em campo, um Barcelona extremamente dependente de Messi mostra como uma possível saída do craque argentino vai prejudicar o clube. O camisa 10 marcou na derrota em uma cobrança de pênalti e, mesmo criando chances, não contou com a participação eficaz de seus companheiros.

Ousmane Dembelé, a segunda contratação mais cara do Barcelona (125 milhões de euros em 2017), falhou em mais um grande momento decisivo. Contra o Liverpool, em 2019, o francês perdeu um gol que deixaria a partida de volta mais fácil para o Barça, mas o resultado foi a eliminação por 4 a 0. Dessa vez, após um belo drible de Messi, o argentino deixou Dembelé sozinho, mas o ponta chutou fraco, colocando a bola nas mãos de Navas.

A atuação de Dembelé mostra um equívoco de Ronald Koeman. O treinador optou por escalar o francês, mesmo após uma ótima atuação do jovem Francisco Trincão contra o Alavés na goleada por 5 a 1 deste sábado. O ponta-direita português marcou dois gols na vitória, e jogou por apenas 17 minutos contra o PSG.

Outra decisão confusa de Koeman foi a escalação de Gerard Piqué como titular. O zagueiro espanhol não atuava desde novembro, quando o Barcelona perdeu para o Atlético de Madrid por 1 a 0. Recuperado de lesão, era esperado que o experiente defensor começasse no banco, mas atuou por 78 minutos.

Com grandes decisões, vêm grandes responsabilidades. Piqué não fez uma boa partida, assim como Lenglet, sua dupla de zaga. Os dois foram responsáveis por um setor defensivo mal posicionado e que facilitou a infiltração de Mbappé na área para marcar três gols.

LLUIS GENE / AFP
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Foto: Lance!

O JOGO É MESMO COMPETITIVO?

Com a crise vivida pelo Barcelona, a competitividade é praticamente inexistente. O favoritismo do Barça não é mais levantado nem mesmo com o 'fator Messi'. As goleadas contra Liverpool, Bayern e PSG deixam claro o nível atual da equipe.

- Este jogo demonstrou que nos faltam coisas para estar ao melhor nível, especialmente ao nível da Liga dos Campeões - disse Ronald Koeman após a derrota desta terça-feira.

A chuva de incertezas existente no Camp Nou é algo que dificulta qualquer pensamento futuro. Com eleições adiadas por conta da pandemia, a gestão atual, criticada até mesmo por Messi, já segue com dificuldades para decidir assuntos do clube.

Enquanto candidatos como Joan Laporta e Víctor Font sonham com a contratação de Xavi como treinador, o técnico atual, Ronald Koeman, tenta trabalhar em meio à tempestade. A goleada na Champions entra na lista de derrotas da temporada junta da final da Supercopa da Espanha e o desempenho no Campeonato Espanhol, que atualmente tem o Barça em terceiro.

A equipe de Ronald Koeman é tratada como uma transição, mas ainda não se sabe para o que. O futuro de Messi, assim como o próximo presidente, é incerto, e é evidente que o planejamento do clube é feito em volta de seu principal jogador.

Jovens jogadores como Pedri, Ilaix Moriba, Trincão e Puig são bem explorados, mas nem sempre da maneira correta. A pressão existente nos estreantes é cada vez maior, principalmente com os experientes tendo partidas ruins, vide Piqué, Alba e Busquets.

Financeiramente, o Barcelona também não está bem. A dívida atual do clube chega ao valor de 1.130 bilhão de euros, sendo 164 milhões apenas em dívidas para jogadores. O clube contrata por altos valores, utiliza de forma errada (Coutinho, Griezmann e Dembelé, por exemplo), e soma dívidas astronômicas.

Dessa forma, o Barcelona não entra no mesmo nível de seus rivais. A competitividade diminuiu, e nem mesmo a 'Messidependência' consegue salvar a equipe de desastres, como goleadas por 4 a 0 para o Liverpool, 8 a 2 para o Bayern e 4 a 1 para o PSG.

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